O parque de diversões Mundo Encantado, onde o jovem Andrei Peroba, de 20 anos, perdeu um braço após um brinquedo cair, segue sendo desmontado nesta quarta-feira (21). Em nota, a advogada do empreendimento, Sara Barros, informou que o desmonte foi autorizado pela Polícia Civil (PC), que teria concluído a perícia no local na terça-feira (20). Porém, a PC afirma que o caso segue em investigação.
Ainda na noite de terça, quando o processo começou, um grupo de 12 pessoas, composto por familiares e amigos de Andrei, chegou a causar um tumulto em frente ao parque na tentativa de impedir o desmonte. Entretanto, o trabalho não foi interrompido e a situação chegou a ser acompanhada pela Polícia Militar (PM).
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Segundo informações da família, Andrei Peroba já saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE). Ele segue internado na área da enfermaria da unidade de saúde.
Posicionamento do parque de diversões
Em nota pública divulgada à imprensa, o Parque de Diversões Mundo Encantado lamentou o acidente de Andrei e informou que suas instalações passam por controles rigorosos de segurança.
A empresa pontuou ainda que "o aparelho em que ocorreu o acidente, “Intox”, passa por manutenção periódica, dia a dia, não tendo apresentado ao longo da semana qualquer indício de falha. Inclusive, no próprio dia do acidente dezenas de pessoas usaram do aparelho sem qualquer anormalidade". O parque ainda afirmou que está contribuindo com as autoridades competentes para investigação do caso.
Ainda conforme a advogada do empreendimento, Sara Barros, a mãe de Andrei Peroba foi acionada pela equipe jurídica na sexta-feira (16), um dia depois do acidente. No sábado (17), o advogado da família foi acionado e teria informado que os familiares do jovem não queriam nenhuma assistência.
Codecon notifica parque
Ainda na terça-feira (20), a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) notificou os proprietários do Parque de Diversões. O empreendimento tem até esta quarta-feira (21) para entregar os documentos necessários para comprovar a permissão de funcionamento do local.
Ao iBahia, a Codecon esclaresceu que ainda não recebeu os documentos exigidos e que, em caso de descumprimento da exigência, o parque de diversões será autuado por "desobediência" e poderá ser multado. Segundo o órgão, o valor da multa pode variar entre R$900 e R$ 9 milhões de reais.
Além disso, a Codecon ressaltou que caso o parque seja demontado de forma irregular, ou seja, sem fornecer as informações necessárias aos órgãos competentes, a Delegacia do Consumidor será acionada. Até o momento, o órgão segue averiguando a situação.
Iamany Santos
Iamany Santos
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