O jovem Andrei Peroba, que teve o braço amputado em um acidente no parque de diversões localizado no bairro Cajazeiras X, em Salvador, falou pela primeira vez sobre o acidente e sua recuperação. Ele recebeu alta no sábado (23), após ficar internado por quase um mês no Hospital Geral do Estado (HGE).
Familiares e o advogado do Andrei realizaram uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25). Ainda abalado, o jovem de 20 anos disse que não imaginava sobreviver ao acidente. “Não sei o que será da minha vida daqui para frente agora, não tenho mais chão”, revelou Andrei, em entrevista à TV Bahia.
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“Eu tinha dois braços, nunca me imaginei desse jeito, sem braço”, disse ele. Andrei era destro e ainda sem perspectivas para o futuro, disse que a parte mais difícil agora será a adaptação à nova vida. “Agora vou ter que aprender escrever e trabalhar”, complementa.
Relembre o caso - Jovem perdeu o braço em acidente
O acidente aconteceu no dia 15 de fevereiro, uma quinta-feira à noite. Segundo relato da família, Andrei foi até o parque depois do trabalho para se divertir com a irmã de 17 anos e a prima, de 9 anos.
Os três familiares estavam no brinquedo estilo pêndulo, quando o equipamento despencou. O jovem teve o braço esmagado. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Geral do Estado, onde precisou passar por uma cirurgia de amputação.
Já a irmã de Andrei, Andreia, também ficou ferida. No entanto, os ferimentos foram leves. Ela recebeu atendimento no Hospital Eládio Lasserre, em Cajazeiras, e foi liberada em seguida.
Na semana seguinte do ocorrido, na segunda-feira (19), familiares de Andrei realizaram um protesto no local em que o parque estava instalado. Um dia depois, na terça-feira (20), o parque começou a ser desmontado sem autorização das autoridades.
Bruno Moura, advogado de Andrei Peroba, afirma em entrevista que em momento algum Andrei e a família receberam suporte do parque.
O que dizem as autoridades
Em nota, a Polícia Civil informou, neste domingo (24), que o caso ainda é investigado e não forneceu mais detalhes.
Na época, a Sedur informou que o local deveria ficar fechado até a emissão do laudo de perícia técnica. Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), a suspeita é de que o acidente tenha sido causado por uma falha mecânica ou falta de manutenção. Essas possibilidades só podem ser comprovadas por meio de perícia.
Em nota, o Corpo de Bombeiros confirmou que prestou socorro à vítima e que realizou uma vistoria no parque em relação a prevenção de incêndio e pânico. A vistoria em relação a manutenção dos equipamento não é feita pela corporação.
Isadora Gomes
Isadora Gomes
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