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Construção que ameaça terreiro em Salvador deve ser desapropriada

Construção irregular ameaçava estrutura de terreiro mais antigo do Brasil, localizado no Engenho Velho da Federação

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Nathália Amorim

24/04/2024 às 13:37 • Atualizada em 24/04/2024 às 13:49 - há XX semanas
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A Prefeitura de Salvador determinou a desapropriação de uma construção irregular, que ameaça o Terreiro da Casa Branca, localizado no Engenho Velho da Federação. O templo candomblecista é o mais antigo do Brasil.


				
					Construção que ameaça terreiro em Salvador deve ser desapropriada
Foto: Casa Branca - Ilê Axé Iá Nassô Ocá

A decisão foi publicada no Diário Oficial de sexta-feira (19). De acordo com o secretário municipal de Cultura, Pedro Tourinho, após a desapropriação do terreno, o espaço será demolido.

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Após a demolição, o projeto vai ser usado para a criação de um projeto cultural que será implementado junto ao terreiro. Ainda não há prazo para que a construção seja derrubada. Os moradores do prédio deverão ser indenizados durante o processo de desapropriação.

Construção foi por membros do terreiro

Os membros do Terreiro da Casa Branca denunciam a construção irregular e invasões do território desde 2021.

Também foram feitas queixas da falta de privacidade, já que os moradores do prédio podem ver ritos sagrados são sigilosos.


				
					Construção que ameaça terreiro em Salvador deve ser desapropriada
Foto: Egi Santana/G1

Em setembro do ano passado, a Justiça determinou a demolição da construção após pedidos do Iphan e a Procuradoria Federal (AGU). No entanto, a decisão foi revogada.

O Terreiro da Casa Branca foi fundado no século XIX. O primeiro local sede do espaço sagrado ficava na Barroquinha, entre 1820 e 1830. Depois disso, o templo sagrado foi transferido para o Engenho Velho da Federação, no período entre 1860 e1870, e está lá desde então.

O espaço religioso foi também foi o primeiro tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) assim como, primeiro primeiro centro religioso não-católico a ser reconhecido como patrimônio pelo Ministério da Cultura (Minc).

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