Está aberta a temporada de campanhas para os cidadãos limparem o seu nome. Algo que parece simples e benéfico pode manter as pessoas no ciclo doentio do endividamento pois quem retira o seu nome do órgãos de proteção ao crédito o faz, em muitos casos, com intenção de acessar novamente o crédito que continua sendo oferecido fartamente por instituições financeiras e empresas do varejo.A empolgação com as festas de fim de ano, a propaganda que atua especialmente nas emoções das pessoas e o analfabetismo financeiro são fatores que também contribuem para que boa parte da população volte para o ciclo de endividamento após limpar o nome.O consumo é saudável para todos - famílias, empresas e economia - mas quando ele se transforma em "consumismo", a compra pela compra, feita por impulso ou devido às promoções, leva às pessoas preocupações, problemas de saúde e improdutividade no trabalho.Tão (ou mais importante) quanto desejar limpar o nome deve ser o investimento em aprender os conceitos da educação financeira, muitas vezes até conhecidos por eles mas infelizmente não praticados pela maioria das pessoas.Consumir com consciência, planejar sonhos, não viver em função do status e aprender a agradecer pelo que tem são atitudes de pessoas educadas financeiramente que, sem complicar sua vida financeira, vivem bem, sem ostentação e aproveitam ao máximo seus recursos materiais e não materiais.Um dos maiores entraves para a educação financeira é o desconhecimento. Quando se fala do assunto é muito comum às pessoas imaginarem que se trata de privação do bem estar e até de avareza. Enorme engano, na verdade a educação financeira mantém e até melhora a qualidade de vida dos seus praticantes, contribui para o bem estar físico, intelectual e emocional e melhora as relações interpessoais.A exemplo de outros países, no Brasil começam a surgir iniciativas que levam a educação financeira para toda a sociedade por meio de cursos, palestras e atendimento individualizado ou familiar. Se estas iniciativas forem bem recebidas pela população tendemos a ter no futuro uma sociedade mais saudável, mais equilibrada e mais justa.Julio Santos, Educador Financeiro, autor do livro Educação Financeira para Pais e Filhos
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