No próximo domingo Croácia e França disputam a final da Copa do Mundo da Rússia. E, independentemente do resultado, a final europeia é um prato cheio para o Exame Nacional do Ensino Médio, que costuma contextualizar questões atuais com acontecimentos históricos. Segundo o professor de História do Colégio Notre Dame Pablo Hernandez, o Enem 2018 pode pegar carona na Copa e usar a Guerra Fria como tema.
— A Rússia é um país muito relevante na geopolítica mundial, sendo vários os momentos em que a história do país se conecta com a trajetória de outras nações, incluindo o Brasil – explica o professor, acrescentando que o período ainda tem reflexos significativos no mundo contemporâneo.
A convite do EXTRA, ele listou cinco tópicos que os alunos não podem deixar de estudar sobre a Guerra Fria:
1- Corrida armamentista
Durante a Guerra Fria as duas superpotências EUA e URSS concentraram um enorme potencial bélico. O advento da bomba atômica colocou o mundo em estado de alerta, com a iminência de um confronto nuclear de consequências catastróficas. O debate contemporâneo sobre a desnuclearização de países que possuem potencial atômico para fins bélicos é bastante significativo e se conecta com a história do período.
2- Socialismo X Capitalismo
A questão ideológica é fundamental para entender o período. Compreender o socialismo e sua fundamentação, bem como a disputa com o capitalismo enquanto sistema político e econômico é um ponto chave para uma boa nota no Enem. É importante ter uma atenção extra com relação aos pressupostos do socialismo e do capitalismo, fugindo de interpretações rasas e do senso comum.
3- Guerra da Coreia (1950-1953)
A Coreia está bastante em evidência atualmente por conta de uma iniciativa de aproximação entre a Coreia do Sul, capitalista, e a Coreia do Norte, socialista. Também se verifica uma lenta abertura no regime da Coreia do Norte ao mundo ocidental.
4- Primavera de Praga (1968)
A Primavera de Praga é um assunto forte para a prova e importantíssimo no contexto da Guerra Fria. Foram reformas no sentido de promover a democratização e o relaxamento das restrições à liberdade de imprensa e expressão na Tchecoslováquia, na época dominada pela União Soviética. A URSS não recebeu bem as reformas e enviou tropas para ocupar o país.
5- Ditaduras na América Latina
A inserção da América Latina no contexto de Guerra Fria é um tema riquíssimo. Vale destacar a conexão das ditaduras na América Latina com as dinâmicas do conflito global. O temor do comunismo foi um elemento de grande auxílio para legitimar os regimes ditatoriais instaurados em diversos países latinos, incluindo o Brasil.
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Redação iBahia
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