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EDUCAÇÃO

Compreensão de texto será testada em todas as questões do Enem

Esqueça as fórmulas mágicas. Não adianta tentar apelar para aquele velho mantra de que a força é igual a massa multiplicada pela aceleração (ou que F=ma) ou que velocidade é distância sobre tempo (ou v=s/t)

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20/10/2013 às 13:48 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:19 - há XX semanas
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Marcos Felipe, estudante do 3º ano do Colégio Odorico Tavares, aceita desafio do CORREIO e responde duas questão; acerta uma e erra outra
Agora, só decorar essas letrinhas e dar um jeito de aplicar na questão não vai te ajudar. Para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), você vai ter que entender o que está lendo. Quem realizar o exame nos dias 26 e 27 não vai poder fugir da interpretação. E não só com Português ou Redação. Se prepare para exercitar isso até com Ciências Naturais. Ou seja, sua capacidade de interpretar será testada na prova inteira.“Interpretação é a palavra-chave do Enem. Para resolver a prova, já é metade do caminho. Às vezes, até pelo próprio enunciado já dá para encontrar a resposta correta, se a pessoa souber decodificar o que está lendo”, explicou o professor Jorge Portugal, que ensina Redação.Por isso mesmo, a interpretação de texto pode dar uma rasteira em muita gente. De acordo com o professor Jorge Portugal, o aluno que não estiver preparado para decodificar a leitura na prova pode acabar perdendo a questão. E, aí, não vai ter jeito. Sem compreender o que está escrito, não importa se você sabe todas as equações de concentração das soluções químicas, não conseguirá resolver a questão.DOMÍNIO O estudante só se torna um bom intérprete se tiver prática, segundo Portugal. “É um trabalho de desmontagem do texto. Quando você conhece a estrutura do texto, sai na frente. Por isso, um bom leitor geralmente interpreta bem”, explicou. Mas não se desespere. Para ser o tal bom leitor, não precisa ser especialista em Machado de Assis ou conhecer toda a obra de José de Alencar.“Se o aluno tem o hábito de ler jornais e revistas, ele acaba desenvolvendo um senso interpretativo aguçado. Dá para fazer uma boa prova sem, necessariamente, dominar um conhecimento formal ou ter estudado em uma escola de grife”, brincou Portugal.Além disso, o vestibulando que faz uma boa leitura do mundo em que vive também sai na frente. Para Paula Barbosa, coordenadora do Departamento de Língua Portuguesa do Colégio Sartre COC, a prova do Enem também agrega as experiências de vida do aluno.“A interpretação não é uma coisa solta, nem a prova pode ser feita só com a sala de aula. O grande ganho da prova é a interpretação das vivências de cada um”, opinou Paula.Daí, é só partir para a ação e se preparar para encontrar também diferentes tipos de questão. Quem disse que texto são letrinhas e palavras corridas ao longo de uma linha? “Estão aparecendo (no exame) cada vez mais tipologias diferentes. As provas de todas as áreas estão baseadas em gráficos, fotos, charges...”, enumerou a professora Paula. CIÊNCIAS NATURAIS Na prova de Ciências Naturais, é provável que a interpretação influencie mais do que o conteúdo nas questões que não têm valores numéricos no enunciado. A interpretação reina, pelo menos, em Química, segundo o professor Wanderby Júnior, da Central do Vestibular.“Quando há dados, tem precisão. Mas, fora isso, as questões de Química não são muito conteu distas. Em algumas, a resposta está no próprio texto”. No entanto, diz ele, o conteúdo ajuda a economizar tempo. “Se o estudante tem conhecimento prévio, nem precisa ler os textos inteiros. Pode ir direto para respostas”.Isso também é o que acontece com a Física e a Matemática. “Saber interpretar o enunciado é a melhor forma para decidir qual o caminho mais rápido para chegar à resposta. Além disso, 15% das questões de Matemática são totalmente interpretativas. Na Física, temos 10%”, garantiu o professor Eduardo Alves, que ensina Física e Matemática no curso Único.De acordo com ele, é comum encontrar questões de Cinemática, Eletricidade e Geometria que podem ser resolvidas apenas com interpretação.Enquanto isso, nas perguntas de Biologia, o professor Sérgio Magalhães, dos colégios Análise, Módulo e Portinari, diz que o conteúdo não é tão dispensável. “Uma boa interpretação é imprescindível, mas o domínio de conteúdo também. Temos uma média de 15 questões de Biologia e o aluno precisa conhecer os conceitos, para identificá-los no texto”, afirmou.

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