Terminou sem acordo a reunião realizada, na quinta-feira (21), entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) e a Secretaria Municipal de Gestão de Salvador (SEMGE). Segundo informações da a pasta, os professores da Rede Municipal de Ensino voltaram às aulas ainda na quinta, após 72 horas de paralisação. Mas, a APLB Sindicato informou que as negociações com a SEMGE continuam e uma nova reunião está prevista para a próxima segunda-feira (25). Na data, há previsão de paralização dos professores.
Marcos Barreto, diretor de Imprensa e Comunicação da APLB, disse ainda que a SEMGE apresentou uma proposta de aumento do piso salarial em 5,56%, já rejeitada pelos professores da rede pública. Atualmente, o valor referência na tabela salarial dos professores em Salvador é de R$ 2.845,47, enquanto o valor nacional é de R$ 4.580,56, representando uma diferença de 60,9%.
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Em nota oficial ao iBahia, a Secretaria Municipal de Gestão cita que o cálculo por trás da porcentagem oferecida foi feito de acordo com os "limites orçamentários do município". Leia a nota na íntegra:
"Acerca do questionamento sobre uma eventual greve dos professores, a Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE) esclarece que não há greve. Houve durante a semana uma paralisação de 72 horas, em paralelo às rodadas de negociação que continuam ocorrendo entre os gestores das pastas da Semge e da Secretaria Municipal de Educação (Smed) com os representantes do sindicato dos professores. Seguimos em constante diálogo com a categoria em busca de uma solução viável ao atendimento das suas expectativas e respeitando os limites orçamentários do Município."
Pedidos dos professores
Os professores defendem o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), climatização das escolas públicas e também a contratação de Auxiliares de Desenvolvimento Infantil, que segundo Marcos Barreto, que também é vice-presidente do Conselho Municipal de Educação de Salvador, são "imprescindíveis". O diretor de Imprensa da instituição calcula que escolas públicas da cidade precisam de cerca de mil desses profissionais.
Caso nenhum acordo entre os lados seja alcançado, os educadores sindicalizados e pertencentes aos Sindicatos dos Professores prometem iniciar uma greve no 1º de abril de 2024, medida que segundo Marcos seria o "último recurso".
Helena Pamponet Vilaboim
Helena Pamponet Vilaboim
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