A cesta básica de Salvador sofreu uma redução no mês de novembro. Segundo balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o valor foi o terceiro menor entre as 17 capitais pesquisadas.
O valor do conjunto de alimentos teve uma queda de -2,17% em relação a outubro. Em comparação com novembro de 2022, o preço teve um aumento de 0,03%. Já no acumulado de janeiro a novembro, houve redução de -3,48%.
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Com isso, a cesta básica em Salvador está custando R$550 reais. A mais cara foi registrada em São Paulo, por R$749,28. Com base no valor do conjunto de alimentos na capital paulista, o DIEESE estima que em novembro o salário necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o mínimo de R$ 1.320,00.
O cálculo leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Com isso, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 107 horas e 17 minutos, em outubro, para 107 horas e 29 minutos, em novembro. Em novembro de 2022, a jornada média foi de 121 horas e 02 minutos.
Já em Salvador, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00 precisou trabalhar 91 horas e 49 minutos para adquirir a cesta básica. Em outubro, o tempo foi maior, de 93 horas e 51 minutos. A nível de comparação, em novembro de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram necessárias 99 horas e 58 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em novembro de 2023, 45,12% da renda para adquirir os produtos da cesta básica, que são suficientes para alimentar um adulto durante um mês. Em outubro, o percentual gasto foi de 46,12%. Já em novembro de 2022, o trabalhador comprometia 49,12% da renda líquida.
Preço dos alimentos
Entre outubro e novembro de 2023, seis produtos apresentaram queda no preço médio:
- farinha de mandioca (-13,05%)
- tomate (-9,37%)
- banana (-4,61%)
- manteiga (-1,54%)
- leite integral (-0,45%)
- café em pó (-0,42%).
Outros cinco produtos registraram aumento de preços em novembro:
- arroz agulhinha (2,55%)
- óleo de soja (2,43%)
- açúcar cristal (1,64%)
- feijão carioquinha (1,21%)
- carne bovina de primeira (0,71%).
- Não houve variação no preço do pão francês.
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em seis dos 12 produtos da cesta:
- tomate (44,32%)
- arroz agulhinha (19,15%)
- farinha de trigo (19,09%)
- pão francês (4,78%)
- açúcar cristal (3,08%)
- manteiga (0,89%).
Outros seis produtos tiveram redução no preço médio:
- óleo de soja (-25,28%)
- leite integral (-12,72%)
- carne bovina de primeira (-12,31%)
- feijão carioquinha (-10,99%)
- banana (-5,85%)
- café em pó (-5,79%).
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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