Quem usa as redes sociais para dar dicas sobre algum tema ganha hoje mais um meio de fazer dinheiro com a produção de conteúdo para a internet. A ferramenta BuzzPage está sendo lançada com a promessa de remunerar cada post que aborde um serviço ou um produto, pagando até R$ 5 mil.
"Cada pessoa sabe muito sobre alguma coisa. Por exemplo, um pintor que entende muito do seu ofício pode se cadastrar na plataforma e explicar como a tinta pode render mais, qual a melhor opção para o interior ou para o exterior...", diz Reginaldo Pereira, sócio diretor da Descubranet, empresa à frente da BuzzPage.
No caso citado, uma marca de tintas, por exemplo, poderá patrocinar o conteúdo publicado. É daí que vem a remuneração do internauta. "A plataforma se encarrega de buscar o patrocinador e, aí, reparte esse valor captado com o anúncio entre aqueles que colaboraram com o conteúdo", explica Reginaldo.
Foto: Reprodução/Instagram |
A jornalista Laís Gonçalves, de 24 anos, trabalha com produção de conteúdo desde o ano passado, mas ainda não ganhou dinheiro com a atividade. Há um ano e dois meses, ela tem um blog de viagens, além de um canal no YouTube sobre o mesmo tema.
"No YouTube, (o canal) tem duas mil e poucas visualizações. Um vídeo sobre Visconde de Mauá tem 1.100. Eu só não ganhei dinheiro com ele porque usei uma trilha sonora que tem direitos autorais, e o YouTube veta a remuneração neste caso por causa dessa música. Eu pensei no blog mais como um hobby e para trabalhar na área em que me formei. Aí, comecei a fazer outra faculdade e deixei o blog um pouco de lado, mas já voltei com ele. Hoje, a página tem mais de três mil views, mas ainda não ganhei dinheiro com ela. O blog é basicamente sobre viagens e passeios a baixo custo. O post de ontem, por exemplo, foi sobre 'Camping na praia. O que levar?'", diz.
Atenta às novidades na web, a moradora de Bangu, na Zona Oeste do Rio, já pensa em recorrer à BuzzPage para fazer o conteúdo sobre viagens virar dinheiro: "Com certeza, vou querer postar lá. Além de ser bom para o meu blog, vou poder mostrar o que eu produzo".
Conteúdo de qualidade é o diferencial
Experimentação de um novo modelo de negócio. É assim que Fabro Steibel, professor de Comunicação Digital da ESPM Rio, define esse formato de remuneração para conteúdo publicado. Ele diz que nem todo negócio precisa ter página na internet.
"Também é fundamental fazer renda da cauda longa da internet, ou seja, postar conteúdo que não é a notícia de hoje, mas é bom, é perene (permanece) na rede", explica. Steibel acrescenta que, com esse modelo, vão surgir novos intermediários na cadeia de produtos e serviços. Mas ele faz um alerta: "Não é todo mundo que vai ganhar dinheiro com isso".
Especialista em Marketing e professor em MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Kanter faz uma avaliação semelhante e chama a atenção para a necessidade de imprimir qualidade ao que é produzido para as redes, seja vídeo, foto ou texto.
"Conteúdo relevante é aquele que aborda assuntos de forma pessoal e diferenciada. É aquele que busca fugir da mesmice e do lugar comum", afirma. Sobre o BuzzPage, pontua: "Existe potencial, mas vai depender de uma equipe comercial muito agressiva e conteúdos muito, mas muito relevantes mesmo".
Foto: Divulgação |
Como lucrar com as redes
Buzzpage
A plataforma já conta com 200 segmentos, ou seja, 200 temas para reunir os conteúdos. Segundo a empresa, até agora, os “top 10” escolhidos pelos colaboradores são: academia, odontologia, bolos, coworking, bicicleta, autopeças, veículos, violão, curso de inglês e moda.
Rentabilidade
Cada página com o conteúdo terá apenas uma publicidade, que será distribuída entre os colaboradores. O valor vai depender do valor do anúncio e também do desempenho do post (número de curtidas e de visualizações). Caso um post alcance o valor de R$ 5 mil, o autor do mesmo para de receber por ele, e o conteúdo passa a ser do BuzzPage.
YouTube
Ao inserir um vídeo no YouTube, você pode monetizá-lo, ou seja, receber dinheiro por meio das visualizações que ele tiver. O dinheiro vem de publicidades que você autoriza que apareçam antes, depois ou durante o vídeo. Os ganhos vão depender de vários fatores. Os dois principais são o tipo do anúncio e o preço dele. Para receber pelos vídeos que insere no YouTube, o usuário precisa criar uma conta no Adsense (google.com.br/adsense), além de ativar a monetização em seu canal do YouTube. Para isso, basta clicar em seu perfil, depois em “Estúdio de criação”, “Canal” e “Ativar” em “Monetização”. Para mais informações, acesse www.youtube.com/yt/creators/pt-BR/support.html.
Twitter
Se você posta bastante e tem muitos seguidores, cria um perfil relevante. Perfis relevantes, por si só, atraem patrocínios. Além disso, o site revtwt.com permite que o usuário insira publicidades entre seus tweets. Ganha-se de acordo com a quantidade de cliques. Para se cadastrar no Revtwt, basta ter uma conta no Twitter e uma no PayPal.
Facebook
O Facebook atualizou sua política de publicidade, permitindo que usuários promovam conteúdos, marcando empresas nas publicações. A empresa marcada é notificada, podendo gerenciar o post e conferir seu alcance. A possível remuneração acontece mediante acordo direto entre a empresa e o usuário que fez a marcação.
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Redação iBahia
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