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ECONOMIA

OMS alerta para risco de falta de camisinhas no mundo

Empresa responsável por 20% da produção mundial alega aumento na demanda do preservativo

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Redação iBahia

08/04/2020 às 17:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 8:02 - há XX semanas
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A pandemia do novo coronavírus afeta diversos setores do mercado, e deve trazer um prejuízo inesperado. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que há risco de faltar preservativos no mundo. Se isso acontecer, as consequências serão desastrosas, segundo a ONU. As informações são da agência francesa AFP.

Isso pode acontecer porque diversas fábricas do produto pararam as atividades em decorrência da pandemia. A Karex, por exemplo, estima que deve produzir 200 milhões de unidades a menos até o fim do mês. A empresa é responsável por 20% da produção mundial de preservativos. Segundo a empresa, a venda de camisinhas aumentou cerca de 30% desde o início do confinamento na Índia.

"O mundo enfrentará sem dúvida uma falta de preservativos", disse o diretor-executivo da Karex, Goh Miah Kiat, à AFP. "É um motivo de preocupação grande pois as camisinhas são um item sanitário de primeira necessidade", completou.

A empresa decidiu interromper as atividades em três fábricas na Malásia, um dos países líderes em produção de preservativos no mundo e que está em isolamento oficial desde 18 de março. Apesar disso, o governo autorizou o retorno das atividades com 50% dos funcionários.

Foto: Divulgação/Secom-PB

A Agência das Nações Unidas para a Saúde Sexual e Reprodutiva (UNFPA, na sigla em inglês) afirmou que só terá condição de atender 50% a 60% dos pedidos de fornecimento de preservativos que habitualmente recebe.

"O fechamento de fronteiras e as demais medidas de restrição prejudicam o transporte (de mercadorias) em vários países e regiões. Uma falta generalizada de preservativos ou qualquer outro meio contraceptivo pode gerar um aumento de gestações indesejadas com consequências desastrosas para a saúde e o bem-estar de adolescentes, mulheres, seus parceiros e famílias", indicou um porta-voz da UNFPA.

A saída para toda essa questão pode vir da China, onde os principais produtores de camisinha retomaram as atividades após a contenção quase total do vírus no país. A HBM Potections, que produz mais de 1 bilhão de camisinhas por ano, disse que o ritmo deve voltar ao normal logo e espera triplicar a produção até o fim deste ano.

Já o grupo Shanghai Mingbang Rubber Products disse estar disposto a aumentar suas exportações caso haja um esvaziamento dos estoques ao redor do mundo. "Se os mercados internacionais sofrerem problemas, estamos de acordo quanto a exportar mais (preservativos)", disse à AFP o dirigente do grupo chinês Cai Qijie.

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