A dona das cervejas Schin, Devassa e Baden Baden vai trocar de mãos. O grupo japonês de bebidas Kirin Holdings anunciou nesta segunda-feira um acordo para vender sua filial no Brasil à cervejaria holandesa Heineken por € 660 milhões de euros US$ (700 milhões).
O valor é bem inferior aos mais de US$ 3 bilhões pagos pelos japoneses ao Grupo Schincariol em 2011. Com o negócio, a cervejaria holandesa ganhará escala e passará a deter a segunda maior participação no mercado brasileiro de cervejas, atrás da Ambev e à frente do grupo Itaipava.
"Levando em conta os riscos associados à economia brasileira e a situação da concorrência em um mercado estancado, a Kirin chegou à conclusão de que seria difícil transformar o Brasil Kirin em uma atividade rentável", explicou a companhia em um comunicado nesta segunda-feira.
Com a operação, o grupo japonês venderá a totalidade de sua participação na Kirin Brasil ao grupo Bavaria, proprietário da Heineken, pelo equivalente a R$ 2,2 bilhões (US$ 700 milhões). A Kirin chegou ao Brasil em 2011, mas os problemas econômicos endureceram a concorrência no Brasil, terceiro mercado mundial da cerveja, atrás de China e Estados Unidos.
Segmento premium
Para a Heineken, a terceira maior cervejaria do mundo e que está no país desde 2010, a aquisição da concorrente ampliará sua capacidade de produção, abrindo caminho para a expansão de sua posição no segmento premium de cervejas, em que atua. A empresa também é dona da Amstel, uma marca mais popular.
A liderança do mercado brasileiro não será alterada. A Ambev — dona das marcas Brahma, Skol e Stella Artois, entre outras — detinha 66% das vendas de cerveja no país, segundo dados de dezembro. O segundo colocado, o grupo Petrópolis, dono da Itaipava, tinha 14%. A Heineken aparecia em terceiro com 9% e a Brasil Kirin, com 8,5%, em quarto. Concretizado a transação, a Heineken passará a 17,5%.
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Redação iBahia
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