O governo da Bahia e a Ford chegaram a um acordo nesta quarta-feira (4). Com isso, o complexo de Camaçari voltará a produzir veículos, agora com a montadora chinesa BYD (Build Your Dreams), parceira da Ford. A marca vai assumir as instalações já na próxima segunda-feira (9).
"A Ford e o governo da Bahia dão um passo definitivo para utilização da planta de Camaçari a fim de gerar crescimento econômico e social para a comunidade baiana", diz a montadora americana, que fabricava carros do modelo EcoSport e Ka.
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Em evento com o presidente mundial da BYD, Wang Chuanfu, o grupo chinês fará uma cerimônia da 'pedra fundamental'. Será o marco da posse da fábrica e o início das modificações nas instalações que serão feitas no espaço que deve abrigar três fábricas.
Autoridades como o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), além do Ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, devem marcar presença no ato simbólico.
A BYD já tem três fábricas espalhadas pelo país e vai produzir veículos nos modelos híbridos flex e elétricos, além de ônibus e bateria.
Ford e a crise
As fábricas da Ford no Brasil fecharam em 2021, castigando cerca de 12 mil trabalhadores diretos na Bahia. De acordo com o Sindicado dos Metalúrgicos do Estado, considerando trabalhadores indiretos, esse número chega a 60 mil.
Apesar de agir de imediato para contornar a crise, o governo da Bahia só conseguiu uma solução alternativa recentemente. Assim, a montadora chinesa acabou sendo envolvida por intermédio da embaixada da China, que sondou investidores interessados.
O próprio governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, viajou ao país asiático para tocar as negociações. Além da fábrica, a ponte Salvador - Itaparica entrou na pauta.
BYD investe pesado
De acordo com a investidora chinesa, o investimento inicial será em torno de $ 3 bilhões, com três unidades na Bahia. Serão fabricados chassis de ônibus, caminhões elétricos, veículos de passeio elétricos e híbridos. Além disso, a fábrica vai processar lítio e ferro fosfato.
A produção deve ter início entre o fim de 2024 e início de 2025, sempre com mão de obra da região, Há previsão de 5 mil novas oportunidades de trabalho. O projeto envolve ainda desenvolvimento de tecnologia para um motor híbrido flex. A ideia é combinar etanal com o motor elétrico.
Redação iBahia
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