O governo avalia fixar um teto de R$ 3 mil na liberação do saque das contas ativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) . Também está sendo analisada a possibilidade de fixar um percentual de 15% sobre o saldo da conta vinculada para evitar que a medida acabe beneficiando quem não precisa.
Cotistas com valores elevados nas contas vinculados poderiam simplesmente migrar os recursos que ficam presos na Caixa Econômica, rendendo apenas 3% ao ano, para outro tipo de aplicação mais rentável. De acordo com dados do Conselho Curador do FGTS, 81,9% das contas têm saldo de até seis salários mínimos.
Outra possibilidade seria autorizar o saque somente das contas inativas (que não estão recebendo depósitos). Mas, neste caso, a medida teria efeito limitado na atividade econômica porque ex-presidente Michel Temer adotou o mesmo procedimento em 2017 para contratos de trabalho encerrados até dezembro de 2015. A iniciativa injetou R$ 44 bilhões na economia.
O presidente Jair Bolsonaro pretende injetar pelo menos R$ 30 bilhões na economia, estimulando o consumo das famílias. Considerando apenas as contas inativas, o volume seria de pouco mais de R$ 20 bilhões, de acordo com dados do balanço do Fundo.
A preocupação da equipe econômica é evitar que a medida prejudique a sustentabilidade do FGTS, hoje a principal fonte de recursos para financiar habitação, sobretudo para a baixa renda.
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Redação iBahia
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