Em setembro, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) - elaborada pela Fecomércio-BA e CNC - , registrou a 5ª alta consecutiva. Na prática, isso revela que 72,2% das famílias baianas estão endividadas. Esse é o maior patamar desde julho de 2013.
Detalhando ainda mais os números, atualmente, 672 mil famílias estão com algum tipo de dívida e 303 mil famílias que não conseguiram pagar a dívida contraída até a data do vencimento, ou seja, estão com conta em atraso.
A inadimplência avançou forte. O aumento do endividamento está sendo puxado pelo cartão de crédito e também pelos carnês. O primeiro está entre 92,2% dos endividados e o segundo figura como modalidade de crédito para 13,3% entre os endividados.
“Temos que lembrar que a soma de todos os tipos de dívida supera os 100%. Isto acontece por ser uma resposta de múltipla escolha, ou seja, o consumidor pode estar endividado no cartão, no carnê ou em qualquer outro financiamento, ao mesmo tempo”, esclarece o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
O tempo médio da dívida dos soteropolitanos no ano passado estava em torno de 5,5 meses. Agora cresceu para 6,5 meses em setembro deste ano.
Embora haja uma melhora de ambiente com a aceleração da vacinação e reabertura do comércio, o cidadão continua lutando contra a inflação que deve persistir até o ano que vem.
“Agora, há o adicional da crise hídrica que forçará o consumidor a economizar energia, mas continuará pagando muito mais caro. No curto e médio prazo, nada deve mudar. Há mais incertezas do que certezas sobre o ambiente econômico e isso afugenta investidores que poderiam gerar uma tração a mais na geração de empregos”, completou o consultor econômico da Fecomércio-BA.
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Redação iBahia
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