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É O Tchan celebra 30 anos de história com festival em Salvador e anuncia gravação de DVD: 'Não vai morrer nunca'

Em entrevista ao iBahia, Beto Jamaica relembrou momentos marcantes das três décadas de banda e revelou novidades para 2023

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Bianca Andrade

11/01/2023 às 7:20 • Atualizada em 11/01/2023 às 7:50 - há XX semanas
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					É O Tchan celebra 30 anos de história com festival em Salvador e anuncia gravação de DVD: 'Não vai morrer nunca'
Foto: Reprodução/ Instagram

Trinta anos de história merece uma festa a altura da banda que mudou para sempre a forma de se fazer pagode no Brasil. E quando o pagode é citado por aqui, esqueça o estilo feito pelo Exaltasamba, por Belo, Soweto e companhia. Na Bahia, o pagode tem um outro significado, ainda mais swingado, e um nome forte como sinônimo: É O TCHAN.

A banda dá início nesta quarta-feira (11) as celebrações das 3 décadas de muita música, dança da cordinha, da boquinha da garrafa, do melô do Tchan, dança da tomada e por aí vai, com a realização do Festival Êta que será transformado em um audiovisual.

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Em entrevista ao iBahia, o cantor Beto Jamaica relembrou o início da história com a banda, na época que ainda era 'Gera Samba', e toda transformação que o É O Tchan passou até se tornar uma das maiores referências do pagode nacional.

"A gente não achava que a banda teria essa dimensão que tem hoje. Lá na época do Gera Samba, éramos pessoas que sonhavam com isso, da música, de estar no Brasil, mas até acontecer levou um tempo. Para você ter uma ideia, nós estamos quase na quarta geração. E hoje, com geração Tik Tok e um bocado de coisa acontecendo, a gente tem também que se misturar. No início a gente foi lá, bebeu da fonte do samba do Recôncavo, pegamos o samba de roda, mas hoje também temos as coisas novas que estão acontecendo. Ficamos sempre atentos ao mercado para seguir cultivando nosso público".

Dancinha viral antes mesmo do TikTok existir

Pioneiros nas dancinhas chicletes, Beto brinca com o título que se perpetuou para o É O Tchan e que hoje conta com a força do TikTok para resgatar os clássicos dos anos 90, afinal, quem nunca sonhou em ser Carla Perez, Scheila Carvalho, Sheila Mello e Débora Brasil?


				
					É O Tchan celebra 30 anos de história com festival em Salvador e anuncia gravação de DVD: 'Não vai morrer nunca'

"Quando olha o Tik Tok tem algumas coisas que remetem ao nosso tempo, que remete ao É o Tchan. Eu creio que as pessoas têm um Tchan como um um movimento. O Tchan não é mais apenas uma banda, é um ritmo. Para esse ano mesmo, a gente está lançando uma música super bacana que é a dança da fitinha, aquela coisa da marquinha que a mulher gosta de fazer, na laje, na praia, ficar bem ficar bronzeada para o verão e também levar a autoestima", afirma Beto garantindo a coreografia chiclete de 2023.

Ousadia e alegria, sem pesar na letra

Ao longo da história do Tchan, a banda passou por grandes mudanças, porém, a essência do grupo seguiu a mesma, fazer a música ousada e ao mesmo tempo inocente, sem se render a explicitude.


				
					É O Tchan celebra 30 anos de história com festival em Salvador e anuncia gravação de DVD: 'Não vai morrer nunca'

"A música tem que ser tem seus ciclos, né? Cada um vai vai fazendo o seu passando e quem quiser se renovar vai se renovando. Claro, eu vejo o pagode atual chegando forte, também porque ganharam o público para isso. As pessoas gostam, e tem espaço para todos na música. A gente que gosta, que ama e que ajuda o pagode a crescer, precisa dar uma reciclada, vejo algumas músicas com letras que realmente pesam um pouquinho, mas o ritmo é maravilhoso. E a galera abraça. Mas é bacana saber que tem espaço para todos, que o Tchan continua cultivando o samba de roda para o mundo, nossas raízes e que a nossa música continua sendo lembrada após tantos anos".

Eternamente Tchan

Entre as mudanças citadas estão as saídas e chegadas de novos integrantes, afinal, a banda é o que é pela música e pelos rostos que fizeram história ao lado do grupo, como as eternas loiras e morenas do Tchan, sem esquecer, é claro, de Jacaré.

Ao iBahia, Beto revelou que as apresentações no Festival Êta contará com grandes surpresas e possíveis reuniões no palco do evento.


				
					É O Tchan celebra 30 anos de história com festival em Salvador e anuncia gravação de DVD: 'Não vai morrer nunca'

"Foi uma história que nós começamos juntos e que não vai morrer nunca, vai ficar para sempre na memória de cada um. Nós criamos um movimento, e mantivemos o contato após a saída de cada um da banda, então eu acredito que a gente vai ter encontros, surpresas nesse nesses três shows e vai ser muito bacana. Toda vez que a gente se encontra em uma festa é uma emoção muito grande, e vai ser um momento de nostalgia, de matar a saudade, de curtir um legado importante para a gente."

Emoção em 30 anos de história

Questionado pelo iBahia sobre seu momento mais marcante ao longo dos 30 anos de É O Tchan, Beto Jamaica elegeu o momento em que a banda fez história como a primeira banda de pagode a puxar um trio elétrico no Carnaval de Salvador.

"No dia que a gente ia desfilar na Avenida nosso bloco quebrou. Nós ficamos praticamente de 10 horas da noite às 6 horas da manhã esperando consertar o gerador, naquela época tinha gerador dentro do trio. Quando ele voltou a funcionar, estava eu e Cumpadre tomando uma cervejinha e dando risada dentro do trio, e quando a gente colocou a cara na rua, o dono do bloco falou 'O povo do bloco, quase três mil pessoas, estão tudo aí esperando o bloco, ninguém foi para casa, então nós vamos ter que sair agora cedo da manhã'", relembra.

O trio terminou o circuito por volta de meio dia e além dos associados, o bloco encontrou o folião pipoca a espera da banda nas ruas da capital. "A mídia já tinha ido embora, mas as pessoas estavam lá. Foi um marco para a gente porque eu acredito que se a gente não tivesse aquela força do público na rua esperando, a banda não conseguiria fazer o desfile e talvez não seriamos essa potência de hoje".

É O Tchan em 2023

Trinta anos de muita música e muita história para contar, por isso, a festa do É O Tchan não irá se restringir apenas a Salvador. A banda irá rodar o Brasil com o Festival Êta, realizando trinta shows, que irá contemplar capitais brasileiras e algumas cidades do interior.

"Vai ser um festival de matar a saudade, para relembrar mesmo, para a gente cantar as nossas canções como era antigamente, entrar no palco de noite e só acabar de manhã. Em Salvador serão três apresentações, que vãos transformar em um DVDzinho, e vamos levar a festa para o Brasil inteiro. É um legado que queremos deixar aqui e que vai pendurar."

SERVIÇO
Evento: Festival Êta – 30 anos do É o Tchan com Jorge e Mateus, Mari Fernandez e Kevi Jonny
Quando? Quarta-feira (11), a partir das
Onde? Arena Fonte Nova
Quanto? A partir de R$ 60; Ingressos no Balada App

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