O dono de uma escola em Salvador teve os bens bloqueados por decisão judicial a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) para a garantia de pagamentos a um trabalhador de 51 anos mantido em condições análogas à escravidão.
O caso do trabalhador, que tem o nome mantido em sigilo pelas autoridades para evitar que ele seja vítima de golpes ou tentativa de extorsão, chegou ao conhecimento das equipes que integram a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-BA) depois que a vítima foi orientada a procurar a Superintendência Regional do Trabalho e relatar sua situação.
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A vítima vive em um barraco em péssimas condições nos fundos do imóvel onde até 2020 funcionou a escola de educação infantil em que ele trabalhou. Após o fechamento da escola, ele foi mantido no local como uma espécie de caseiro.
O homem foi resgatado por auditores-fiscais do trabalho em abril deste ano, durante uma operação montada com apoio da Polícia Militar, de um procurador e de um representante da SJDHDS.
A ação movida pelo MPT neste momento é apenas voltada para garantir o bloqueio dos bens e o pagamento de um valor mensal para a vítima se manter enquanto durar o processo principal.
De acordo com o MPT, com a obtenção dessa renda, somada aos R$ 540 e mais a entrega de cestas básicas pela equipe de assistência social da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do estado da Bahia (SJDHDS), a meta agora é retirar o trabalhador do barraco construído por ele nos fundos da antiga escola.
O senhor não deixar a casa por não poder levar os cachorros que cria na área. O MPT descreve o espaço como um local úmido, escuro e com paredes tortas, quem pode colocar a vida do homem em risco.
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Redação iBahia
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