O método de compra cashback é uma moeda de muitas faces. O termo em inglês que significa “dinheiro de volta” resume a sua funcionalidade. O programa de fidelidade possibilita ao cliente recuperar parte do dinheiro gasto em produtos e serviços em parceiros. O valor é parte da comissão que o portal ou aplicativo recebe da loja onde a compra foi realizada. O consumidor pode se cadastrar em aplicativos, sites ou aderir a programas de bancos e fintechs (startups de finanças). O usuário, porém, deve manter o controle das compras para não ficar inadimplente.
O caminho para acessar o cashback é simples. O consumidor deve se cadastrar em um dos sites ou aplicativos que oferecem o programa. As informações solicitadas são básicas: nome, telefone, endereço residencial e, principalmente, dados do cartão de crédito. O último item permitirá fazer compras online nas empresas filiadas ao site ou app no qual a pessoa se cadastrou. Quanto mais compras feitas, mais dinheiro vai sendo recuperado até atingir o valor mínimo exigido para devolver ao usuário.
Bancos, como Bradesco, Itaú, Pan e Original, começaram a aderir aos programas de cashback mais recentemente. Algumas instituições lançaram programas próprios e outros, parcerias com as plataformas já existentes. A modalidade mais comum é abater no total da fatura do cartão o valor acumulado no sistema cashback.
A possibilidade de receber um percentual do dinheiro usado na compra pode levar, porém, ao consumo sem critérios. Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, alerta que as empresas que atuam no mercado devolvem parte do dinheiro gasto pelo consumidor não porque são “boazinhas”.
— O cashback existe para incentivar a comprar mais. O consumidor não deve comprar só porque vai receber uma parte do valor de volta. Precisa fazer uma pesquisa — diz Marcela, que é usuária da modalidade.
Outro perigo é o uso do cartão de crédito, forma de pagamento para transações com cashback.
— Se o consumidor não tiver um controle da fatura do cartão, pode comprar mais que sua capacidade de pagamento — ressalta.
A economista usa o cashback como mais uma variável na hora de decidir onde vai comprar. Se duas lojas oferecem o mesmo produto com preços iguais, Marcela escolhe aquela na qual pode usar o serviço devolução de dinheiro.
As principais plataformas de cashback:
Méliuz: A Méliuz se apresenta como “maior programa de cashback do Brasil”, com cerca de 1.600 lojas virtuais e físicas. O consumidor tem a opção de instalar uma extensão em um navegador, que vai informar as lojas online que oferecem cashback. O cliente aciona o cashback com um clique e, em seguida, pode fazer a compra do produto. Em até dois dias, o valor do cashback aparecerá no extrato que o consumidor possui do Méliuz. Ao completar R$ 20 de saldo, pode solicitar o resgate. O dinheiro é depositado em uma conta cadastrada no site ou app do Méliuz. O programa oferece, além de flashback, cupons de desconto e ofertas das lojas parceiras.
Poup: A plataforma permite compras nas lojas parceiras utilizando o próprio portal da Poup ou como extensão nos principais navegadores. As compras são registradas em até 48 horas. Já a confirmação acontece em cerca de 45 dias. Se a compra for confirmada, o status da compra será atualizar como creditado em até sete dias. O consumidor pode pedir o resgate do dinheiro para sua conta, após acumular R$ 30.
Beblue: O consumidor baixa o app e cria uma conta com CPF. As compras devem ser pagas na maquininha da Beblue, disponível nas lojas credenciadas. O cliente deve digitar o CPF na maquininha. Parte do valor gasto volta para o saldo do consumidor no app, e ele pode fazer pagamentos em estabelecimentos parceiros ou transferir para amigos que também usem Beblue. O saldo pode ser transferido a partir de R$ 20 acumulados.
Ganhe de Volta: O sistema é semelhante ao da Méliuz e da Beblue. No Ganhe de Volta, porém, o consumidor precisa acessar o site e escolher ou pesquisar na barra de busca onde pretende realizar a compra online. A empresa, além de cashback, oferece cupons de desconto e ofertas das lojas parceiras. O saldo pode ser transferido a partir de R$ 15 acumulados.
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Mooba: O site opera por meio do plugin para os principais navegadores. Uma vez instalado no computador, o plugin do Mooba passa a informar se a loja online que o consumidor está visitando tem cupom de desconto ou compra com cashback disponível. Antes de comprar, a pessoa precisa ativar plugin para receber o desconto. Quando a compra for creditada em seu extrato, o dinheiro de volta será depositado na conta bancária.
Cashola: O método do site é praticamente igual aos dos outros programas de cashback. A Cashola oferece também cupons de desconto e promoções relâmpago. Quando o saldo acumulado atingir o valor mínimo de R$ 15, o consumidor pode solicitar o resgate para a conta bancária ou do Paypal.
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Redação iBahia
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