Os bebedouros da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), situada no bairro da Federação, em Salvador, foram interditados após a detecção de coliformes totais e Escherichia coli, indicativos de contaminação.

Segundo o g1, a universidade divulgou a informação na quarta-feira (9), explicando que a interdição foi uma medida preventiva, tomada com base na recomendação da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMAI) da Ufba.
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Em resposta à situação, a Ufba iniciou uma investigação, contratando uma empresa credenciada para realizar novos testes e, também, providenciou a limpeza dos reservatórios de água.
A universidade reforçou que os testes nos sistemas de abastecimento de água são realizados periodicamente como parte de um protocolo de prevenção e que, ao identificar qualquer irregularidade, ações corretivas são prontamente adotadas para resolver o problema.
Denúncia feita por professora

Ainda de acordo com o g1, as suspeitas de contaminação nos bebedouros da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba) surgiram após uma denúncia da vice-coordenadora do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, Gemima Arcanjo.
Segundo a vice-coordenadora, durante as aulas práticas de uma disciplina no segundo semestre de 2024, foram realizadas análises microbiológicas da água de alguns bebedouros da unidade.
Os resultados apontaram a presença de coliformes totais e Escherichia coli nas amostras coletadas nos bebedouros localizados nos 4º e 7º andares da Escola Politécnica.

Gemima Arcanjo explicou ao g1 que a presença de E. coli é um indicativo de contaminação fecal, seja de origem humana ou animal, e pode sugerir a presença de outros microrganismos patogênicos transmitidos via fecal-oral, como giárdia, salmonela e verminoses.
"O consumo dessa água contaminada pode causar doenças gastrointestinais, com sintomas que incluem diarreia, vômitos e infecções mais graves. Quero deixar claro que o objetivo desta mensagem não é criar alarde, mas informar a todos sobre a situação, uma vez que não houve divulgação e isto é do interesse de todos até mesmo por se tratar de uma questão de saúde pública".
Em uma nota divulgada, o Diretório Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental (DAESA) informou que, na terça-feira (10), houve uma reunião extraordinária em que a vice-coordenadora Gemima Arcanjo foi silenciada ao tentar expor a gravidade da situação relacionada à contaminação nos bebedouros. "Esse ato é um insulto à ciência, à democracia e ao compromisso que toda instituição de ensino deve ter com a vida e a saúde da sua comunidade", reclamou a DAESA.

Redação iBahia
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