Leandro Lima, o Levi de 'Pantanal', fala sobre passado como cantor de axé: 'Fiz mais de mil shows na Bahia'

Esbanjando sua 'pegada bruta', sem escrúpulos e com sede de vingança, provavelmente a descrição já foi conectada com o personagem Levi, de "Pantanal". Interpretado por Leandro Lima, o peão tem dado o que falar na trama das nove e chegou a ter momentos decisivos com Muda (Bella Campos) e Maria Bruaca (Isabel Teixeira).

Em entrevista ao iBahia, o ator falou sobre paternidade, bastidores da trama e até relembrou um grupo de axé do qual fez parte na adolescência. Durante o bate-papo, Leandro revelou como entrou para o elenco do sucesso da TV Globo.

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"Eu fiz um filme do Papinha (diretor), 'A Cerca', que é um filme que a gente não conseguiu terminar por conta da pandemia e tinha essa pegada (rústica). Foi lá que a gente se conheceu e quando eu soube que ele iria dirigir Pantanal eu liguei e falei 'Papinha conta comigo'. Ele me ligou e chamou para fazer o Levi, já que eu fiz um mocinho no filme dele", explicou o ator.

Sobre a trama original, de 1990, Leandro revela que preferiu não receber tanta influência da primeira versão. "Assisti algumas coisinhas na época e depois de ser chamado dei uma boa olhada, mas evitando as cenas do Levi para não ter tanta influência", contou.

BBB do Pantanal

Dez entre dez atores que viveram no pantanal durante as gravações da novela revelam que tudo aconteceu como em um verdadeiro "Big Brother Brasil". Durante a entrevista para o iBahia, Leandro Lima revelou que partiu dele o apelido carinhoso para a convivência entre os atores e equipe.

"Fui eu que dei esse nome inclusive. Quando a gente chegou no pantanal a gente ficava junto, tomava café junto, almoçava junto e terminava gravação junto", iniciou.

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"Eu acordo meio calado, meio mal humorado e se eu não me engano foi o Zé Loreto, acho que ele começou a comentar que parecia um Big Brother. Foi tudo maravilhoso, a gente passou quase 3 meses juntos e conseguimos ter uma paz, uma harmonia, todo dia mando mensagem no nosso grupo e assim vou matando a saudade", contou Leandro.

Com os dois pés no axé

No auge da adolescência, aos 16 anos, Leandro Lima não queria saber de atuação e acabou entrando em uma banda de axé, ritmo que estava em alta no Brasil e no mundo.

"Eu tinha 16 anos e meus amigos tinham uma banda, o axé tava bombando, isso lá em João Pessoa. Eles já tocavam e eu fui para um ensaio, acho que a música que iriam tocar era do Chiclete com Banana, mas eles não alcançavam o tom e pediram pra eu cantar. Comecei a cantar e foi assim que eu virei cantor de axé", explicou.

Dentre os shows pelo Brasil, a Bahia recebeu grande parte das apresentações da banda. "Na Bahia a gente fez mais de mil shows juntos, o Durval (Lelys) sempre teve uma amizade com o Bruno que é o guitarrista, a gente comprou um trio e tocamos durante 6 anos até que eu decidi tomar meu caminho. Eu tocava de quarta a domingo e na segunda eu pegava o carro e ia pra salvador pros ensaios do Harmonia e do Psirico", revelou.

Além do axé, a relação de Leandro com Salvador chega a ser de alma. Segundo o ator, o arrepio é certo quando ele viaja para a capital baiana. "Salvador é uma cidade que eu chego e eu me arrepio todas as vezes, eu gosto dos meus amigos baianos, da música, a Bahia realmente é um dos maiores celeiros culturais do Brasil. A Bahia inspira, qualquer lugar que eu olho ali pra mim tá sempre me inspirando", disse.

Papai do ano

Leandro experimenta a paternidade mais uma vez com a chegada do segundo filho, Toni. O pequeno é fruto do relacionamento com a modelo Flávia Lucini, de quem é noivo desde 2015.

O ator foi pai pela primeira vez aos 17 anos, em um relacionamento com a jornalista Daniela Lins. Giulia atualmente tem 21 anos e trabalha como modelo. Leandro falou sobre as mudanças de percepção da primeira vez em que foi para os dias atuais.

"Muda a percepção da paternidade acima de tudo. Com 17 anos você não sabe muito bem, você ainda é filho, ainda está em formação. Hoje é mais fácil procurar informações, hoje em dia estou mais maduro e mais preocupado com a formação do Toni, como é que vai ser, que ser humano nós vamos entregar para a humanidade, fico preocupado", finalizou.