Quase metade da vida de Zeca Baleiro foi dedicada à música. São 57 anos de existência, 26 de carreira e, em 2022, quando o cantor e compositor celebraria as duas décadas e meia de história musical, a pandemia da Covid-19 o fez mudar os planos. É em 2023 que o artista comemora os 25 anos, mesmo sendo, agora, 26.
A turnê "Quarteto" é o jeitinho de Zeca presentear os fãs do Brasil à fora que o acompanham há tanto tempo. Dentre as cidades que recebem o show, Salvador está mais do que presente e se prepara para cantar sucessos como "Telegrama", "Flor da Pele" e "Bandeira".
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Zeca Baleiro desembarca na sexta-feira (21) na capital baiana e se apresenta na Pupileira, em Nazaré. A noite ainda conta com o encerramento de Priscila Tossan, ex-participante do The Voice Brasil, que leva um repertório repleto de sucessos de ícones brasileiros.
Aproveitando a passagem do maranhense pela Bahia, a GFM entrevistou Zeca Baleiro para falar sobre a vida e carreira do artista. Confira:
Poderia ser de Aracaju ou do Alabama, mas é mesmo do Maranhão
GFM: São 57 anos de vida e 26 anos na música. Onde e quando foi que a sua paixão pela universo musical começou? Quais foram as suas primeiras referências e inspirações?
Zeca Baleiro: "Minha casa da infância era muito musical. Então fui um ouvinte de música muito aberto, que ouvia rádio o dia todo, que ouvia música de todos os gêneros, discos de muitos artistas diferentes... Quando comecei a compor, naturalmente foram surgindo todas essas referências na minha composição".
GFM: De quais formas você insere as suas raízes nordestinas na música?
Zeca Baleiro: "Acho que isso vem de forma muito natural, essas raízes foram absorvidas na rua, vem das brincadeiras de rua, dos ritos religiosos, católicos e afrobrasileiros, enfim, vem daí... E também do rádio, onde se ouvia Luiz Gonzaga, Genival Lacerda, Jackson e outros".
"Um Quarteto"
GFM: Qual a sensação de fazer uma turnê em comemoração ao marco?
Zeca Baleiro: "Ano passado fiz 25 anos de carreira e tentei 'celebrar', mas a pandemia fez todos os prazos dançarem. Então, neste ano celebrarei os 26 anos de carreira com a turnê, o lançamento de um álbum de inéditas, um cd de sambas autorais e um cd em parceria com Chico César. No prelo também estão um talk show/podcast e um livro de pequenas memórias".
GFM: "Telegrama" é um dos hits que faz parte da trilha sonora da vida de muitas pessoas. Existe alguma aposta, dentre os singles lançados semanalmente desde maio, que se aproxime musicalmente de "Telegrama" e pode ser abraçado pelo público de forma similar?
Zeca Baleiro: "Acho que não, sobretudo pelo momento que estamos vivendo. Muito difícil emplacar um hit hoje. "Telegrama" foi um fenômeno, tem mais de 80 milhões no Spotify. Mas confesso que adoraria, é muito bom ter uma música na boca do povo".