Nesta quinta-feira (20), completam-se 54 anos da morte do compositor e violonista Ataulfo Alves. Autor de sucessos como O Bonde de São Januário e Na Cadência do Samba, o mineiro de Miraí é considerado uma lenda do samba brasileiro.
Nascido em 2 de maio de 1909, Ataulfo cresceu em uma família com sete irmãos, filhos de Matilde de Jesus e Severino de Sousa. Quando criança, já convivia com a música, já que para além de trabalhador na lavoura, seu pai era violeiro, sanfoneiro e repentista conhecido regionalmente.
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Ataulfo perdeu o pai aos dez anos de idade, quando teve que deixar de morar na fazenda da família onde nasceu. Para ajudar a sustentar o lar na nova realidade, trabalhou em diversas profissões, de leiteiro a engraxate. Mesmo com as dificuldades, conseguiu prosseguir com os estudos.
A história de Ataulfo com a música começa pra valer no início da década de 1930, após os 20 anos de idade, quando, após mudar-se para o Rio de Janeiro e casar na capital carioca, começa a tocar cavaquinho, bandolim e violão com amigos em rodas de samba.
Em 1933, o sambista Bide conhece Ataulfo e o leva à gravadora estadunidense RCA Victor. Lá, ele gravou as músicas Sexta-Feira, com Almirante, e Tempo Perdido, com Carmem Miranda.
Após começar a carreira, Ataulfo Alves conquistou o primeiro sucesso em 1935, com a composição Saudade do Meu Barracão, gravada por Floriano Belham. A partir daí, ele começou a compor com nomes como Claudionor Cruz e Wilson Batista, tendo faixas gravadas por intérpretes como Aracy de Almeida, Carlos Galhardo e Orlando Silva.
Em 20 de abril de 1969, após complicações de uma operação, Ataulfo morreu no Rio de Janeiro, aos 59 anos de idade.