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Maturidade, ancestralidade e visibilidade: Luedji Luna volta à Salvador e prevê encontro especial

Artista estreia álbum "Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água Deluxe" na capital baiana nesta sexta (25)

Victoria Dowling • 24/08/2023 às 7:00 • Atualizada em 25/08/2023 às 14:22 - há XX semanas

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					Maturidade, ancestralidade e visibilidade: Luedji Luna volta à Salvador e prevê encontro especial
Foto: Henrique Falci

As quartas-feiras, desde que "Banho de Folhas" se tornou um verdadeiro sucesso Brasil à fora, nunca mais foram as mesmas na vida de Luedji Luna.

Apesar da tamanha significância do dia que marca o meio da semana, é em uma sexta-feira, mais especificamente, nesta sexta (25), que a estrela baiana volta à Salvador - sua cidade natal - para apresentar o álbum "Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água Deluxe".

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O terceiro disco de estúdio de Luedji chegou no final do último ano, de forma estratégica, com um pé na gringa e, mais uma vez, colocou o potencial soteropolitano em pauta. Com isso, não restam dúvidas: a capital da Bahia é berço da música e Luedji Luna se faz, desde o primeiro dia de vida e por vários motivos, filha daqui.

Em meio à preparação para a apresentação de "BMDA Deluxe", a GFM conversou com Luedji Luna sobre carreira, inspirações e as expectativas para cantar em Salvador. Confira:

Luedji Luna e o dendê que só a Bahia tem

O dendê da Bahia é diferente e quem é daqui sabe muito bem disso. Luedji Luna, nascida e criada em Salvador, abraça a capital em suas letras e não é de hoje.

Em "Um Corpo No Mundo" (2017), primeiro álbum de estúdio da artista, mostra de forma direta o vínculo com "Notícias de Salvador" e ecoa ancestralidade, que dialoga com as conexões soteropolitanas, com "Saudação Malungo". Mas esses são apenas alguns exemplos!

"Salvador por vezes aparece de forma literal nas minhas canções, por exemplo, em 'Manto da Noite', que eu falo da Avenida Sete. Mas Salvador aparece na minha música também de forma indireta, porque foi nessa cidade que eu me formei musicalmente, foi nessa cidade que eu me formei politicamente, essa cidade, como diz Gilberto Gil, 'me deu régua e compasso'. Então, eu acho que para além das citações literais nas letras, Salvador me dá muito, muito mais", declarou Luedji.

"Manto da Noite" está presente em "BMDA" [como você pode escutar acima] e também está no Deluxe, com uma roupagem diferente e lançada junto a Theo Zagrae.

As versões de Luedji e a evidência de cada uma na discografia

Os três discos de Luedji chegaram em momentos diferentes da vida. Nos de 2017, 2020 e 2022, o público pode escutar novos sons, mas também novas Luedjis:

"Eu acho que tem diferença em todas essas Luedjis. A Luedji de 'Um Corpo do Mundo' é uma, a de 'Bom Mesmo é Estar Debaixo D'Água' é outra e a do 'Deluxe' é outra também. 'Um Corpo do Mundo' foi um disco que foi um grande portal na minha carreira, foi um disco que me tornou cantora, que me ensinou a ser cantora e que me projetou no Brasil e no mundo como cantora", começou.

"Mas o 'Bom Mesmo é Estar Debaixo D'Água' é um disco, definitivamente, onde eu tô mais madura, mais madura para tomar várias decisões na vida, e uma delas é a maternidade. Também é um disco que chega num momento muito atípico no Brasil e no mundo, que é a pandemia. E tudo isso reflete nesse trabalho".

"E o 'Deluxe' também é um disco extremamente maduro, extremamente estratégico, com escolhas alinhadas com o projeto de internacionalização. Cada disco é uma Luedji diferente", concluiu.

  • Um Corpo no Mundo (2017)
  • Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água (2020)
  • Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água Deluxe (2022)

Fenômeno de "Banho de Folhas" e a representatividade que traz

A principal faixa de Luedji se tornou um cartão de visitas para toda discografia. "Banho de Folhas" soma quase 30 milhões de reproduções somente no Spotify, considerando as versões original e Deluxe. Desta forma, concluímos que sim, é - desde 2017 - um hit!

"'Banho de Folhas' é uma música que se atualiza ano após ano. Fico muito feliz que essa música que foi gravada no primeiro disco, a cada ano que passa toma novos contornos e cada vez mais conquista mais espaço e dimensões maiores, isso é muito bom. Não foi algo pensado para ser hit, não foi uma música pensada para ser hit, mas que bom que é", afirmou Luedji.

Mas muito além dos números, a felicidade de Lueji está também no que a canção representa. Da forma como ela é política e, ainda sim, foi (e segue sendo) muito bem recebida e abraçada pelo público.

"Eu fico muito feliz porque ela é uma canção, aparentemente, festiva, alegre, mas ela é extremamente política também, num país que a gente tem um racismo religioso muito forte, num país onde uma ialorixá morre executada com tiros na cabeça, num país com um fundamentalismo tão forte, a gente tem uma música de sucesso no Brasil e no mundo, onde a gente reverencia e canta para um orixá. É uma música que entretêm, mas por de trás tem um simbolismo muito grande".

Dos encontros proporcionados pela música

Ivete Sangalo, Anitta, Arnaldo Antunes, Russo Passapusso, Djonga, Rubel e Liniker. O que todos esses nomes têm em comum? Todos eles já cantaram junto à Luedji, seja em apresentações ao vivo ou em gravações.

Dividir os vocais com artistas também consagrados, assim como ela, foi uma das suas responsabilidades ao longo do caminho. Mas como ela mesma disse, ela está na música para se desafiar.

E ao ser perguntada especificamente sobre os convites de Ivete Sangalo e Anitta, ela não escondeu a generosidade das artistas para recebê-la.

"Foram experiências legais. A Anitta me convidou no início do ano para participar do bloco dela, e a Ivete foi basicamente no mesmo período no verão deste ano, no Festival de Verão. Foram duas experiências onde eu aprendi muito, foram duas artistas generosas comigo. Foi uma experiência desafiadora, porque saio da minha zona de conforto, não canto necessariamente para meu público, transito por outros estilos, né?! Então é desafiante, mas eu tô na música para me desafiar mesmo", revelou.

A GFM ainda perguntou sobre planos futuros entre as estrelas, mas não há previsão e "nenhuma perspectiva até então".

Veja Luedji e Ivete cantando "Banho de Folhas":

Apesar da lista de peso que já tem no currículo, existem outras personalidades da música que estão no radar de Luedji:

"A música tem me dado esse presente que é o encontro com artistas da minha geração que eu admiro, que eu escuto. E gostaria de gravar e cantar com tantos outros, a lista é infinita que eu não consigo nem mensurar assim, citar os nomes. Djavan, Milton, enfim, tantos, tantos, tantos nomes da música brasileira e também da música internacional. Solange, tenho querido muito fazer algo com a Solange".

Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água (de Salvador)

"Eu volto com muita saudade, volto com muita expectativa, muita ansiedade, quero entregar a melhor show do mundo para minha cidade. É isso, Salvador vai ter um show especial, com um repertório novo, com tudo que Salvador merece e tem direito. Espero encontrar a Concha Acústica lotada para a gente cantar as canções do 'Deluxe' e outras canções que a gente ama", finalizou Luedji, com muito entusiasmo.

Clique aqui e leia tudo sobre o show!

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