A cantora Majur lançou o álgum "Gira Mundo" nesta quarta-feira, dia 14 de maio, com 16 faixas inéditas. A cantora faz uma homenagem musical aos Orixás. A artista conversou com o Mundo GFM para compartilhar mais da experiência do álbum novo.

A artista iniciou o projeto com "Ogunté" (2021), no álbum "Ojunifé". Majur conta que começou a idealizar o disco durante a pandemia de Covid 19, em que fez lives no Instagram cantando cantigas dos Orixás, e percebeu que o público pedia cada vez mais. "Então aqui está o álbum de Axé. É para eles!", diz a cantora.
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Majur conta que o lançamento de "Gira Mundo" é a finalização de um projeto que ela queria fazer desde o início, que começa com a citação "Eu canto o poder dos Orixás", em Yorubá.
"[O lançamento acontece] No momento que eu consegui me sentir um pouco mais segura de fazer isso, afinal dentro do Axé você tem anos para estudar [...] eu me dediquei durante esses últimos 5 anos para chegar até este álbum agora", comentou Majur sobre a pesquisa e a dedicação por trás das letras do novo álbum. A cantora ainda brinca: "Se eu estivesse na faculdade, seria um TCC."
Majur comenta sobre seguir o Candomblé depois de viver 14 anos como evangélica
"Eu sou muito religiosa. A verdade é essa: eu amo o catolicismo, eu vou em missa, se me chamarem; para festa de Mesa Branca, eu vou para fazer uma consulta. Gosto de cartomante. Ah, o Candomblé foi o que eu mais me conectei.", contou a cantora.
Majur nasceu em uma família evangélica e seguiu a religião até os 14 anos de idade. A aproximação às religiões de matrizes africanas começou quando a artista estava em um processo para se reencontrar e isso inspirou o projeto. "Me possibilitou uma liberdade muito maior para eu conseguir ser quem eu sou", comentou a artista sobre o período de produção de "Ojunifé".

A cantora explica que a produção de Gira Mundo é justamente um símbolo de acolhimento e compartilhamento da cultura afro, e principalmente da celebração do Candomblé como cultura, e não somente como religião, como é principalmente encarada no Brasil:
"Acho que tá na hora de parar de resistir tanto e simplesmente existir. Espero que com esse álbum as pessoas possam existir também. Que elas possam sentir livres através da energia da natureza. Que elas possam perceber o quanto a gente é tão pequeno e a nossa vida passa tão rápido.", Comenta Majur.