Marina Sena já experimentou as dores e delícias de iniciar uma carreira solo, cantar em bandas, estourar no Tiktok e lotar shows pelo Brasil.
Após realizar tudo isso com apenas um disco de estúdio, a artista do norte de Minas Gerais está pronta para mais e assinou com a Sony Music para o lançamento do novo disco, do jeito que ela sempre quis lançar.
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Se no "De Primeira", Marina decidiu arriscar menos e apostar em um pop com elementos de MPB, no segundo disco a artista deu mais passos e seguiu a experimentação de outros ritmos.
O "Vício Inerente" possui traços de trap, pagotrap (oi, Bahia), reggaeton, drill, R&B, Triphop e Soul, embrulhados em uma caixinha pop cheia de referências ao mundo da artista após a fama repentina. O iBahia ouviu e te conta detalhes de cada faixa do álbum.
É logo na primeira faixa, "Dano Sarrada", a favorita dela, que já temos o tom de como o disco soa até o final. “Me filma, tô virando star”, inicia Marina Sena na primeira faixa do novo disco referenciando o novo status.
Aqui a cantora canta sobre o tesão sem nenhum medo de soar repetitiva. O instrumental da faixa é o ponto alto, assim como em outras músicas do disco.
"Olho no Gato" é a faixa escolhida como single de trabalho do projeto. O refrão retoma o que o público já conhece da Marina Sena, o que em nada é ruim já que o primeiro disco é uma grata novidade que conquistou o mercado fonográfico.
Ao final da canção a gente já sai cantarolando o refrão chiclete, mais um hit para conta da artista.
O disco segue com a já lançada "Tudo Pra Amar Você" e chega em "Tudo Seu", que promete ser uma das favoritas dos fãs. Se a apresentadora Maísa comentasse a música certeza que soltaria um “meu amor eu sou compositora”, e é mesmo, a composição de Marina Sena é um fato a se destacar.
A virada de chave ocorre no final, com um solo de guitarra para ninguém botar defeito.
Já em "Mande um Sinal", primeira baladinha do disco, Marina surpreende com uma vibe R&B que de cara lembra a fase da Gloria Groove nesse estilo.
Talvez seja a mais diferente da vibe do disco e a voz de Marina, exceto em alguns momentos em que abusa de efeitos, é um dos pontos altos da faixa.
Em "Me Ganhar", ela fala sobre autoestima, amor e manda o recado de que o pretendente vai ter que ralar para conseguir o amor dela.
Ao longo de pouco mais de 3 minutos, "Que Tal" entrega mais uma produção que não deve nada aos discos internacionais de divas pop. A parceria com Fleezus é certeira e não existe apenas para “encher linguiça”. Curta e direto ao ponto, perfeita para hitar no Tiktok.
“Meu Paraíso Sou Eu” é sexy e possui algumas frases preciosas ao maior estilo “legenda de Instagram”. Parece mais uma interlude do que uma faixa propriamente dita, ao longo de menos de 2 minutos, existe mais instrumental que letra e termina com gemidos nada tímidos da cantora.
Em "Partiu Capoeira", Marina tem um encontro com a Bahia e referencia tudo o que ouviu no passado ao flertar com o pagode baiano. Os fãs soteropolitanos já podem imaginar ela cantar essa em Salvador com um gostinho a mais.
Chegando ao final da audição, "Mais de Mil" flerta com o funk, mas não chega a cair em um batidão.
Com "Sonho Bom", voltamos a uma sonoridade mais familiar ao disco anterior. Sena quase sussurra as palavras na maior parte da canção, tornando uma faixa ainda mais sexy do que já é pela composição.
"Pra Ficar Comigo" apresenta uma introdução muito longa, mas acaba sendo uma grata surpresa para finalizar o disco com um gostinho de quero mais.