Ídolo do Esporte Clube Bahia, Raimundo Nonato Tavares, conhecido como Bobô, foi o convidado do 43º episódio do videocast "Geração GFM", da rádio GFM Salvador. Em entrevista conduzida por Thiago Mastroianni, o ex-atleta criticou a "blindagem" feitas por clubes brasileiros em relação aos jogadores.
Hoje o atleta é tratado como um popstar, uma estrela realmente. Tem atletas mais flexíveis, mas tem uns que não fazem questão nenhuma de dar satisfação, mas é claro que são tempos diferentes, não tenho como dizer se é errado ou não é
Bobô afirmou também que essa relação se mantinha de maneira mais saudável na sua época como jogador, quando os vínculos eram criados com base em uma amizade, mesmo que em alguns momentos se tornasse algo "venenoso".
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Ainda sobre o assunto, o ex-atleta relacionou a nova fase vivida pelos jogadores aos treinos fechados, que, antigamente, aconteciam com a presença da torcida e citou a importância do público estar mais próximo ao time.
Dono de passes que levavam ao pé da letra a sutileza e elegância descritas na letra de Caetano Veloso, Bobô ficou conhecido por muitos como o nome do título do Campeonato Brasileiro do Bahia em 1988. Sua atuação foi tão fundamental que é justificada pela admiração da torcida até os dias atuais.
Durante bate-papo, o ex-atleta recordou uma situação vivida há pouco tempo, quando já atuava como deputado estadual da Bahia. Bobô conta que foi reconhecido por um policial federal que fazia a escolta da ex-presidente Dilma Rousseff.
"A segurança dela era feita por policiais e quando cheguei um eles não parava de me encarar, pensei 'será que fiz alguma bobagem' e fiquei de canto", iniciou aos risos. "Mas ele se aproximou de mim, disse 'depois do nascimento do meu filho, a maior alegria da minha vida, foi você que me proporcionou' e começou a chorar. Depois que ele saiu eu fiquei pensando 'nossa, aquele cara enorme chorando' e são pessoas que de alguma maneira jogaram conosco", explica.
Ainda durante o videocast, Bobô contou detalhes sobre as dificuldades financeiras encontradas pelo Bahia entre os anos de 1995 e 1997. "Era muito difícil, uma prática muito usada no passado era 'tem que vencer o bavi para pagar salário atrasado', os caras jogavam com a vida, nós ganhamos o brasileiro com salário atrasado", disse.
Sobre o Geração GFM
O podcast Geração GFM agora tem sabor especial. Além do formato já conhecido para as principais plataformas digitais de áudio, o programa idealizado e apresentado por Thiago Mastroianni, na companhia do maquiador e ator transformista Dino Neto, chegou à frequência 90,1 [GFM] e também ao Youtube.
Com muito bom humor e leveza, Thiago Mastroianni e Dino Neto conduzem entrevistas com ícones dos anos 80 e 90 toda semana na rádio 90,1 [GFM], e também no Youtube.
Lembrando que o formato podcast Geração GFM segue disponível nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, Pocket Casts e RadioPublic.