"Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo", quem lê esses versos e automaticamente ouve a melodia, faz parte das gerações que foram marcadas pela música de Toquinho, compositor de "Aquarela" (1983). Com mais de 55 anos de carreira o artista ganhou um filme documental, dirigido por Erica Bernardini, que explora a trajetória de um dos músicos de maior sucesso da MPB.
Nascido Antonio Pecci Filho, Toquinho faz parte da infância de milhares de brasileiros com a música "Aquarela". No documentário, o artista divide memórias da infância e detalhes sobre o que viveu na Itália, período em que escreveu a famosa canção infantil.
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Aos 78 anos de idade, o documentário sobre o compositor foi lançado e está disponível online e gratuitamente até o dia 8 de dezembro.
Após 38 anos de 'Aquarela', Toquinho fala de infância e amizades
O foco do documentário é a amizade do músico italo-brasileiro com colegas de profissão como Chico Buarque, Mutinho e Guido Moura.
Além disso, o artista falou sobre o impacto da ditaura na vida do grupo, período que nem todos saíram vivos. Do luto e da saudade, surgiram canções como "Lembranças" e o álbum "Casa de Brinquedos".
O documentário também aborda a reação de irmandade entre Toquinho e o irmão, o escritor João Carlos Pecci, para quem o músico escreveu "Meu Irmão".
"Toquinho: Encontros e um Violão" foi produzido para celebrar a imigração de italianos para o Brasil, que completa 150 anos em 2024.