O compositor e humorista carioca Juca Chaves morreu em Salvador aos 84 anos. O "menestrel maldito", como era conhecido, faleceu no hospital São Rafael, que fica na capital baiana. De acordo com a instituição hospitalar, ele teve complicações respiratórias.
Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, o também crítico Juca Chaves vivia no bairro de Itapuã com a família há décadas. O corpo do artista foi cremado neste domingo, às 16h, no Cemitério Bosque da Paz.
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Quem foi Juca Chaves
Jurandyr Chaves era formado em música clássica e começou a carreira profissional em 1955, na TV Tupi, em São Paulo. A crítica social, o humor ácido e a inteligência em análises políticas e canções sempre foram as marcas de Juca Chaves. Ele é autor de músicas que se tornaram sucesso no país como "A cúmplice", "Menina", "Que saudade" e "Presidente Bossa Nova".
Durante a Ditadura Militar, na década de 60, o menestrel foi perseguido e exiliado, quando viveu seis anos longe do Brasil. Juca é casado com Yara Chaves, desde 1975, com quem vivia em Salvador. Juca deixa duas filhas: Maria Morena e Maria Clara. Torcedor do São Paulo, Juca chegou a gravar uma marchinha para o time.
Crítico, mas sem perder o humor, Juca Chaves chegou a ser candidato ao Senado pela Bahia em 2006, pelo PSDC e fez poesia para pedir votos. Ele não foi eleito. "Desta vez baiana gente, baiano de toda cor, o seu voto inteligente com justiça com amor, não será voto comprado, se tivermos no Senado, Juca Chaves senador", brincava.
Em 2015, Juca voltou a ganhar destaque com uma sátira que falava sobre a situação política do Brasil e defendia a Operação Lava Jato. Com diversos bordões, Juca costuma convocar para suas apresentações com "vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar".