A cantora Melly declarou que a fama é um 'monstro' e pode impactar negativamente na saúde mental de artistas que não possuem apoio emocional. Melly, que é baiana, também criticou o mercado da música por programar conceitos repetitivos e engessar a arte.
Nacionalmente conhecida após ganhar o prêmio Multishow 2023 na categoria "Revelação", a artista destaca que já questionou a sua forma de fazer música e que não acreditava no próprio trabalho, uma vez que o mercado valoriza o mesmo padrão musical, declarou em entrevista exclusiva ao portal iBahia.
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"Para mim, a fama é de fato um monstro. Porque eu sou muito tímida e não faço música apenas pela fama. Após o lançamento do single 'Azul', em que ganhei mais notoriedade, muitas coisas vieram. Eu acabei sendo muito exposta e eu não usava as redes sociais. Tive que aprender a ser um produto, a ser uma imagem que as pessoas vão estar ali perto", declara.
"A gente tem que estar bastante esperto, tem que ter uma rede de apoio bem legal para não se abalar emocionalmente. Graças a Deus, eu tenho minha família sempre presente, como meu pai e amigas de infância, então eu não deixo muita coisa me abalar", afirma.
Melly destaca dificuldades no mundo da música
Considerada uma das grandes revelações da música baiana na atualidade, ela lança nesta terça-feira (28) o álbum “Amaríssima”, que conta com a participação de Liniker na faixa “10 minutos”. O disco traz um repertório com 12 canções que transitam entre o Pop e o R&B.
"É difícil você entender quem você é, o que você quer e aonde você quer chegar. E como qualquer trabalho, também existem as indagações disso, existe o jeito que o mercado funciona. O mercado da música é bem engessado, tem se preocupado apenas com a estética e não mais com música", aponta. Aos 22 anos, a soteropolitana aplica personalidade no que faz.
"Eu não gosto desse viés do mercado. De ser repetitivo. Fazer igual. E já duvidei muito de mim nesse processo, pensando se eu não precisava fazer alguma coisa igual a todos para ter sucesso", confirma.