Ainda não há prazo para que a passarela que vai ligar Bairro da Paz a Mussurunga tenha sua obra finalizada, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (SEDUR). Enquanto isso, a população segue sofrendo com o engarrafamento que é gerado diariamente pela presença dos semáforos que permitem a travessia de pedestres.
O equipamento foi prometido há dez anos, mas a licitação de início das obras só foi finalizada em setembro do ano passado pela Companhia de Transportes da Bahia (CTB). O contrato firmado com a empresa vencedora estipulava que a passarela deveria ser entregue em junho de 2023, o que não aconteceu.
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Sem a passarela, os pedestres precisam utilizar uma estrutura provisória que oferece perigo a quem atravessa a via e motoristas precisam lidar com os semáforos que só serão removidos após a finalização da obra.
Grace Gomes, superintendente de habitação da SEDUR, afirma que a construção só não foi iniciada ainda devido à falta de autorizações que precisam ser emitidas pela Prefeitura de Salvador.
"A demora entre o resultado da licitação e a construção da passarela está sendo porque nós não temos ainda todos os alvarás de licitação. (...) Todo o material já foi comprado pela empresa vencedora e já está aqui em Salvador para ser construído", garantiu Grace.
Procurada pela equipe da Bahia FM, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, informou que o impasse está na apresentação de documentações da empresa responsável pela licitação. "No dia 19 de julho, a Sedur municipal notificou a empresa responsável para apresentar documentos necessários para dar continuidade ao processo. Até o momento, a documentação não foi entregue. Assim que as pendências forem sanadas, o alvará será liberado", disse a nota da pasta.
A questão dos semáforos
De acordo com Grace, a retirada das sinaleiras sempre foi interesse comum da prefeitura e do governo. "Desde o início, nós conversamos tanto com a SEMOB (Secretaria de Mobilidade) quanto a Transalvador, e eles têm consciência de que esse semáforo, hoje, traz um engarrafamento para a Paralela, independente da existência do Metrô ou não e da travessia ou não", declarou.
"Há interesse da prefeitura, do ponto de vista da mobilidade, de que o mais breve a gente finalize a obra para exatamente tirar os semáforos e propiciar uma travessia segura para a população como também uma maior fluidez na Paralela com a retirada dos semáforos, finalizou Grace.