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Por Trás do Samba

Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba

O episódio da série 'Por Trás do Samba' trás a história da Sambaiana, um grupo de samba formado apenas por mulheres que chegou ao Rock in Rio

Mariana Barreto • 04/12/2024 às 6:00 • Atualizada em 29/12/2024 às 17:27 - há XX semanas

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Ao longo da série “Por Trás do Samba”, foi discutido a origem do samba na Bahia e principalmente as mentes femininas que o levaram para o mundo, com base nisso, o último episódio da série destaca mulheres da atualidade que reforçam as raízes do gênero enquanto ainda lutam por espaço em reconhecimento, como a banda Sambaiana, liderada por Ju Morais.


				
					Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba
Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba. Foto: Caíque Souza/iBahia

Inspiradas em mulheres que fazem história como Alcione, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho e mais, a Sambaiana é um grupo formado somente por mulheres nordestinas que chegou ao palco do Rock in Rio, em setembro deste ano, representando o gênero musical.

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Além deste grande passo, o mercado da música e do samba segue machista. Ju Moraes ficou conhecida pelo Brasil por participar da 1º edição do reality The Voice Brasil e com “samba” tatuado no braço, a artista passou um período longe do gênero musical.

“Eu venho desse histórico de um ambiente muito machista, eu tava praticamente desistindo de cantar samba e pertencer a esse espaço, porque além de não me sentir pertencente, me senti assediada e discriminada em diversos momentos”, diz Ju Moraes.


				
					Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba
Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba. Divulgação

Após períodos cantando MPB e outros gêneros musicais, Ju conheceu aos poucos mulheres apaixonadas pelo samba e se reuniam para tocar, em pouco tempo, surge a Sambaiana formada por Ju Moraes (voz), Grace Profeta (voz e percussão), Marcinha BB (percussão), Marília Sodré (violão e voz), Lalá Evangelista (percussão), Lorena Martins (bateria) e Rayra (voz e cavaco)

“O grupo não pode fazer um trabalho na média, isso a gente deixa para os homens”

Ju Moraes provoca a reflexão sobre como as mulheres precisam sempre se esforçar e mostrar mais trabalho para ganhar o reconhecimento. “Quatro musicistas da banda hoje são formadas pela Universidade Federal da Bahia em música, quantos grupos você vê hoje que os caras são formados em música? Nenhum”

Machismo por trás do samba


				
					Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba
Mulheres na luta contra o machismo por trás do samba. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em novembro, elas tocaram no festival “Samba Salvador”, que reuniu grandes nomes do samba e a cantora da banda relatou que em 15 anos de profissão, “está é a primeira vez que fomos chamadas para um festival de samba”.

Uma conquista para muitas outras que virão. Em outubro, Ju Moraes, que vinha equilibrando a carreira solo com a banda, decidiu se despedir da “solidão” de cantar sozinha nos palcos para se dedicar 100% à Sambaiana.

Como forma de celebrar este novo passo e os 4 anos de formação, a Sambaiana lança o documentário “Sambaiana: do primeiro encontro ao Rock in Rio”. O projeto fica disponível no canal do Youtube da banda no dia 10 de dezembro.

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