Cheia de cores, sabores e ritmos, a primeira capital do Brasil completa mais um ano de fundação nesta quarta-feira (29). Uma cidade lembrada em todos os lugares do mundo por seus diversos pontos turísticos, entre edifícios antigos, praias paradisíacas e a arquitetura de suas igrejas que despertam a curiosidade e o interesse não somente de baianos e turistas, como também de artistas internacionais, que não perderam a oportunidade de conhecer uma das cidades mais belas do país. Além de todos os aspectos físicos e culturais, a afetividade também faz parte da ligação da estudante soteropolitana Fátima Oliveira com a cidade.
"Salvador é muito importante pela questão de família e lar. Eu tenho memórias afetivas muito fortes em Salvador, justamente por ter nascido e por ter sido criada toda a minha vida aqui. Mas para além de mim, para além desses laços familiares que tornam Salvador o meu lugar, eu também acho que Salvador é muito para o Brasil por ser o berço cultural do país"
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A beleza e a herança cultural de Salvador também marcam uma forte presença na trajetória do estilista e fundador da grife "Meninos Rei", Júnior Rocha.
"Eu, enquanto afroempreendedor, sou nascido e criado no Subúrbio Ferroviário de Salvador, e hoje em dia eu estou alcançando os lugares com o meu trabalho. Então eu digo que é um mérito e um orgulho pra mim. Um lugar que eu sou apaixonado é a Feira de São Joaquim. Por tudo que aquela feira carrega, quando eu piso o pé naquele lugar... é muita ancestralidade, então é um dos lugares mais incríveis de Salvador e eu ainda tenho um sonho de fazer um desfile de moda ali."
A jornalista Amanda Maria Azevedo, que é nascida e criada em Salvador, diz que a cada dia se sente mais pertencente à cidade.
"Tem uma importância tremenda na minha vida ter nascido nessa cidade que tem tanto pra ofertar sempre o tempo inteiro e de qualquer perspectiva que você olhar. Eu me sinto gente, eu me sinto humana, eu me sinto pertencente de tudo que Salvador tem pra ofertar", comenta.
Um dos designers da grife Dendezeiro, Hisan Silva, considera que Salvador é um espaço para a diversidade.
"Salvador é a cidade que me faz olhar pro meio que eu trabalho, né? Que é o meio da moda. Vi a grande potência que a gente tem, a grande inspiração que a gente tem em cada esquina, como cada rua conta história, como cada pessoa tem seu estilo, cada pessoa comunica algo, como cada pessoa tem sua essência própria e isso é transferido para cada rua da cidade", descreve.
Pelos depoimentos, fica claro que Salvador é mesmo uma cidade encantadora. Claro que não é uma capital perfeita, são muitos aspectos a serem observados e resolvidos até que a "Soterópolis" seja uma cidade mais receptiva e menos desigual para as pessoas. Mas fica aqui a nossa homenagem a Salvador pelos 474 anos, desejando que, em um breve espaço de tempo, todos possam contemplar os cantos e as cores dessa cidade com as mesmas oportunidades.