Moradores de Salvador têm reclamado do sistema de Zona Azul para estacionamento na cidade. Um ouvinte do programa Fala Bahia, na Bahia FM, contou que, além das dificuldades com o pagamento do serviço, os motoristas ainda passam por situações com os conhecidos flanelinhas.
"Essa situação realmente é uma situação complicada da Zona Azul. Eu já passei por isso de pagar um flanelinha e depois ter o meu carro multado. Mas também já passei por uma situação ali na igreja do Bonfim, de colocar o carro no aplicativo da Zona Azul e o flanelinha vir querer cobrar. Eu disse a ele que estava no aplicativo da Zona Azul e quando eu fui sair com meu veículo, ele tinha folgado os quatro parafusos dos pneus do meu carro, quase causando um acidente", relatou.
Leia também:
O apresentador do Fala Bahia, Emmerson José, comentou a situação durante o programa da última terça-feira (18).
O presidente do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos do Estado da Bahia (sindguard) Melquisedeque Matos, conta que as dificuldades não têm sido apenas para os motoristas.
"Realmente temos passado por dificuldades em função da quantidade de aplicativos, e também o valor muito baixo. A pandemia prejudicou muito os guardadores, que vêm passando uma necessidade muito grande", explicou.
Outro lado
Em nota, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) informou que o sistema Zona Azul Digital é mais uma opção para utilização do serviço de estacionamentos em locais públicos regulamentados. Segundo o órgão, quem não tem internet pode usar o aplicativo por meio de mensagem de texto e quem não quiser ou puder usar o celular, pode adquirir os créditos por meio dos operadores credenciados. Quem não possuir nenhuma dessas opções acima deve procurar uma área próxima, que não seja regulamentada como zona azul, para deixar o veículo.
O órgão informou, ainda, que caso sejam coagidos por operadores credenciados ao Sindguarda para pagamento de outra tarifa além do aplicativo, os cidadãos devem registrar a ocorrência na ouvidoria da Transalvador, por meio do Fala Salvador, número 156. Caso sejam guardadores clandestinos, é orientado que o condutor, a depender da abordagem, procure a autoridade policial.
Em relação às queixas do Sindguarda, a Transalvador informou que a própria entidade sindical é a responsável por definir formas de credenciamento, valores repassados e prestar assistência aos trabalhadores.