O Sindicato dos Rodoviários da Bahia instaurou o estado de greve em Salvador e aprovou que seja dado início aos trâmites necessários para a paralisação. A decisão não tira os ônibus de circulação de imediato e nem faz a classe parar.
O estado de greve se caracteriza como uma preparação para greve geral porque é preciso cumprir o rito processual da lei de greve, que define que o sindicato tem que preparar um edital para avisar a população, as autoridades, e os empresários que vai ocorrer a greve. No caso dos rodoviários da capital baiana, o documento foi publicado na última quinta-feira (11), e se a classe e as empresas não entrarem em acordo até a próxima terça (16), os trabalhadores vão suspender o serviço de transporte público.
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Segundo o Sindicato dos Rodoviários da Bahia, haverá uma reunião com Ministério do Trabalho e Emprego e os empregadores, mas até o momento não foi apresentada nenhuma proposta de reajuste salarial para a categoria.
O Direto de comunicação do sindicato, Daniel Mota, explicou que os próximos passos do processo vão ser tomados após a reunião, além de ser comunicados à todos e nada será feito ilegalmente. "A gente não pode fugir de um ponto fora da curva dessa tratativa legalista. Então a gente vai ver na terça-feira consultar o nosso jurídico para ver o que faremos. Na verdade, o estado de greve foi uma autorização que os trabalhadores deram na assembleia. A gente vai avaliar isso e avisaremos a imprensa com antecedência como sempre acontece."
Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade informou que tem acompanhado as negociações entre os rodoviários e as concessionárias para que cheguem o quanto antes a uma definição a fim de evitar uma suspensão do serviço de transporte na cidade, e que a pasta está empreendendo todos os esforços para evitar que haja ainda mais prejuízo à população.