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Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história

Marinês e Carmélia Alves foram as primeiras mulheres no forró, nomeadas como rainhas do Xaxado e do Baião por Luiz Gonzaga

Mariana Barreto • 21/06/2024 às 8:06 • Atualizada em 21/06/2024 às 12:03 - há XX semanas

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Reconhecido como manifestação cultural nacional desde 2023, o forró é figura carimbada nos festejos juninos envolvendo pessoas de todas as idades para dançar e cantar. No entanto, quando se trata de mulheres no forró, são poucas cantoras e sanfoneiras que se destacam como referências do gênero.


				
					Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história
Foto: Reprodução / Capa de álbum

Através dos registros da história do forró, Luiz Gonzaga foi o principal personagem para a origem do gênero. Com ele, diversos artistas conseguiram ascender no arrastapé, principalmente mulheres que eram nomeadas rainhas das vertentes do forró.

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"Rainha do Forró, Rainha do Xaxado, Luiz Gonzaga foi concedendo os títulos à artistas que se destacavam para ele. Marinêz, por exemplo, foi a que mais se destacou, ela já era fã do Luiz Gonzaga e já o conheceu abrindo um show dele. Ela deixou ele impressionado com a voz e o talento", disse Ciran Cardoso, doutora em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia.

São muitas as mulheres que fizeram parte da música nordestina e precisam ser evidenciadas. Com isso, o Mundo Bahia FM separou uma lista com cinco mulheres que são referência na história do forró.

Conheça as mulheres no forró que fizeram a diferença

Carmélia Alves


				
					Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história
Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história. ​Foto: Reprodução / Capa de álbum

Nomeada "Rainha do Baião", Camélia Alves foi uma das primeiras mulheres registradas na história do forró. A cantora nasceu no Rio de Janeiro e com 17 anos começou a se interessar pela música, inspirada em Carmem Miranda.

Trabalhou cantando em rádios cariocas e a nomenclatura de "Rainha do Baião" veio diretamente do amigo Luiz Gonzaga. Os dois ainda lançaram o álbum "Luiz Gonzaga & Carmélia Alves", gravado durante um show memorável no Teatro João Caetano, em 1977.

Carmélia faleceu em 2012, aos 89 anos, por complicações cardíacas, deixando sucessos do forró como "Marinheiro só", "Trepa no coqueiro" e "Sabiá lá na gaiola".

Marinês

Também nomeada por Luiz Gonzaga como parte da realeza do gênero, Marinês é considerada Rainha do Xaxado. Com o grupo "Marinês e Sua Gente", a cantora consagrou-se como a primeira mulher a criar um grupo de forró.


				
					Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história
Mulheres no forró: conheça seis forrozeiras que fizeram história. Foto: Reprodução / Capa de álbum

Nascida em Pernambuco, com pai seresteiro e mãe cantora, Inês Caetano de Oliveira foi ligada à música desde o berço. A artista escolheu o nome Marinês quando cantou pela primeira vez na rádio e disse que se chamava "Maria Inês", para não ser identificada pelos pais, ao anunciá-la como "Marinês", o locutor definiu o nome que seria conhecido pela história.


				
					Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história
Mulheres no forró: conheça seis forrozeiras que fizeram história. Foto: Reprodução / Capa de álbum

O grupo surgiu em meados dos anos 50 formado por Marinês, seu marido Abdias (sanfona) e Cacau (zabumba), com o nome de Patrulha de Choque do Rei do Baião, porque eles cantavam na abertura dos shows de Luiz Gonzaga. Após gravarem o primeiro disco, assumiram o nome Marinês e sua Gente.

Marinês morreu em 2007 deixando o legado de músicas que marcam a época do São João como "Pisa na fulô", "Peba na pimenta", "Por debaixo dos panos", cantada também por Ney Matogrosso e "Bate coração", também gravada por Elba Ramalho.

Amelinha


				
					Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história
Mulheres no forró: conheça seis forrozeiras que fizeram história. Foto: Reprodução / Capa de álbum

Diretamente do Ceará, Amelinha conquistou o Brasil com a música “Frevo Mulher”, que garantiu o primeiro Disco de Ouro da carreira.

Ela iniciou trabalho como cantora em 1975, cantando com Vinícius de Moraes e Toquinho em Punta Del Este, no Uruguai. Ao longo da carreira, a artista coleciona canções de sucesso como “Foi Deus Que Fez Você”, “Romance da Lua Lua”, “Cobra de Chifre” e “Vento Forró e Folia”.

A artista segue cantando os sucessos e colecionando parcerias musicais como Fagner, Djavan, Gonzaguinha, Elomar, Geraldo Azevedo e Moraes Moreira.

O álbum mais recente de Amelinha é “Janelas do Brasil”, lançado em 2012, que reúne composições de Alceu Valença, Chico César e outros compositores influentes na voz e interpretação da cearense.

Hermelinda lopes


				
					Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história
Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história. ​Foto: Reprodução / Capa de álbum

Como cantora principal do Trio Mossoró, Hermelinda Almeida Lopes nasceu no Rio Grande do Norte. Em 1957, ela se apresentava na cidade natal, Mossoró, com o trio “Ozeas Lopes e seus cangaceiros do ritmo” formado pelos irmãos Oseas Lopes e João Batista, mas logo um deles foi trabalhar em rádio no Rio de Janeiro e deu uma pausa ao grupo.

Até que, em 1960, o mais velho dos irmãos, Oseas, que estava no Rio, chamou Hermelinda e João para reviver o trio como Trio Mossoró. Com o trio, Hermelinda se destacou pela voz, beleza e considerada, no meio artístico, como a maior forrozeira romântica da época, segundo o próprio Oseas contou ao Mundo Bahia FM.

“Até propuzeram de colocar outra cantora no trio, mas sem Hermelinda eu não boto ninguém, em homenagem a minha irmã. Ela cantava demais, era uma barbaridade de bom. Todo mundo que ouvia se encantava com ela e não existe Trio Mossoró sem Hermelinda.”

O irmão contou ainda que Hermelinda chegou a cantar em carreira solo com o pseudônimo de Ana Paula, “escolhido porque ela gostava do nome”, mas o holofote chegou a ela por meio do Trio Mossoró, que gravou 12 discos e 4 LPs.

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Após a morte de Hermelinda, em 2023, o grupo não voltou mais a cantar junto, segundo o irmão “nada substitui o talento que minha irmã tinha, depois da partida dela, não colocamos mais ninguém”.

Elba Ramalho


				
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Mulheres no forró: conheça cinco forrozeiras que fizeram história. ​Foto: Reprodução

A cantora e compositora paraibana, Elba Ramalho, se interessava pela música desde pequena, influenciada pelo pai, também músico. Aos 17 anos ingressou na Faculdade de Economia e Sociologia na Universidade Federal da Paraíba e formou o grupo musical “As Brasas”, se apresentando como baterista e encontrou a paixão pelo mundo da música.

A carreira de Elba foi marcada pelo disco “Alegria”, lançado em 1982, onde reuniu cantores como Zé Ramalho, Alceu Valença e a dupla, Antônio Barros e Cecéu com os hits “Bate Coração” e “Amor com Café”.

Com grande ascensão na carreira, a cantora realizou shows na Europa e ainda conquistou dois Grammy Latino pelos álbuns “Qual o Assunto Que Mais Lhe Interessa?”, de 2008, e “Balaio do Amor”, do ano seguinte.

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