Completando 52 anos neste sábado (12), Del Feliz tem muito o que comemorar, além de tornar o forró como Patrimônio Cultural do Brasil, o artista está na luta para que se torne Patrimônio Imaterial da Humanidade e ainda reviveu o Encontro de Sanfoneiros no múnicípio de Rio de Contas, que havia parado na primeira edição, após a morte do idealizador da festa.
Ao longo de 25 anos de carreira, o cantor fala que todos os eventos são motivo de celebrar a cultura nordestina. O artista coleciona parcerias e apresentações pelo mundo e, não importa onde esteja, segue carregando a essência do forró por onde passa.
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Vou ter sempre os meus pés fincados ali na minha raiz. Del Feliz
Del Feliz destaca a importância das trocas culturais
Além de andar pelo forró, o cantor admira a troca artística e cultural que a carreira permite. "Minha carreira sempre esteve marcada às situações de encontros, de parcerias, seja com Gilberto Gil, Dominguinhos, Fagner, Geraldo Azevedo e tantos nomes da música nordestina e eu sempre estou registrando a importâcia pra gente, em fazer a parceria, a troca, não apenas com esses ícones, mas com novos artístas também".
Relembrando a importância da troca cultural, o cantor falou ao Mundo Bahia FM sobre o Encontro dos Sanfoneiros.
"Esse evento é tão simbólico para mim, Rio de Contas é uma das cidades mais lindas da Bahia e havia um anseio da comunidade por um evento mais voltado para a cultura. Esse sonho foi sonhado por Luciano, que partiu muito cedo, e eu tive o prazer de participar junto com ele da primeira edição", disse Del, que se tornou padrinho do evento.
Reconhecida como uma espécie de capital da sanfona brasileira, o artista aproveitou para reunir diversos sanfoneiros no Rio de Contas em um evento gratuito, com o objetivo de fomentar a cultura e a movimentação turística no local.
Forró na UNESCO em Paris
Após tornar o forró como Patrimônio Cultural do Brasil, Del Feliz esteve em Paris, este ano, ao lado de secretários e artistas brasileiros, com o objetivo de transformar o gênero musical em Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade.
O evento da UNESCO foi um encontro com representantes do Ministério da Cultura da França no Institut Français, prédio do ministério de négocios estrangeiros do país.
"A gente já está na batalha para que o forró vire patrimônio Mundial. Essa militância ligada à cultura é algo que me satisfaz. Sigo representando a Bahia e levando a música nordestina do nosso forró com muita honra" concluiu o artista.