O amor está no ar e não é apenas pelo ritmo ser o arrocha. Atração musical do programa 'Atitude' da Bahia FM deste domingo (13), o cantor Hércules Ferreira se denomina o último dos românticos em um gênero onde o romance é assunto principal, o arrocha.
Natural do sul da Bahia, de uma cidade próxima a Porto Seguro, artista de 38 anos decidiu investir na música tendo como inspiração o pai, que também sempre cantou. Nacido e criado na igreja, a escolha de ir para um gênero onde as músicas seculares predominam teve ligação justamente com o amor.
Leia também:
"Eu nasci e crescer na igreja, então minhas referências musicais foram outras. Eu cresci escutando Luis Miguel, ouvia muita música internacional, muito bolero. Quando comecei a cantar, pensei em fazer uma música comercial, mas que fosse próximo do que eu gostava. E o arrocha deriva da seresta, do bolero. Tem a mesma musicalidade. Além disso, um dos motivos de eu escolher o arrocha é porque as músicas falam de amor, e eu sou do tipo 'o último romântico' e gosto disso mais sentimental".
Hércules, que há mais de 25 anos fez de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, sua casa, conta que antes de se tornar um nome no arrocha circulou por outros ritmos.
"O baiano massa meio que é de lua. A gente gosta de escutar arrocha, pagode. Eu já cantei pagode, em uma banda chamada 'Menino Bom', também cantei MPB, Jazz, Blues. Botou no modo aleatório, simbora (risos). Eu gosto mesmo é de música".
Ao iBahia, o artista revelou qual o seu maior ídolo no arrocha e quais outros cantores admira na música secular: "Tayrone é um cara que eu admiro muito. Ele canta demais. Já ouvi muito Caetano Veloso, Djavan, Ed Mota, Dominguinhos, Adelmário Coelho, Dorgival Dantas. É até difícil escolher uma inspiração".
Questionado sobre como é ser artista de um gênero em ascenção no Brasil, Hércules é direto e afirma que acredita no sucesso duradouro do arrocha: "Não penso no ritmo como uma música só de mercado. Eu, quando gosto de uma música, gosto dela e pronto. Mas no geral, o arrocha vem crescendo e espero que continue assim".
O artista, que já se considera realizado profissionalmente e pessoalmente, pontuou alguns dos seus sonhos que ainda faltam se realizados. "Eu me sinto realizado, porque faço o que eu amo e me dá um retorno. Agora todo artista tem seus sonhos, eu tenho o de dividir o palco com Tayrone, e com Henrique e Juliano".
Leia mais sobre Atitude no iBahia.com e siga o portal no Google Notícias