Uma das dançarinas e coreógrafas mais importantes do cenário da música baiana, Edilene Alves teve a sua trajetória iniciada nos blocos afro de Salvador. Um dos destaques da sua trajetória foi quando ela se tornou Deusa do Ébano do Ilê Aiyê, em 2009. Convidada do Atitude, programa da Bahia FM, deste sábado (20), a baiana revelou que jamais imaginou que sua vida tomaria o rumo que ganhou atualmente.
Responsável pelas coreografias dos sucessos de Leo Santana, a artista carrega toda uma bagagem que reuniu de experiências passadas integrando o ballet de Parangolé, Ivete Sangalo, Lincoln Senna, Saulo entre outros artistas.
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"Em 2016 eu fiquei fixa com Léo Santana e foi onde vim desenvolvendo esse trabalho coreográfico efetivamente que do ano passado para cá teve esse boom aí nas redes [sociais] com a coreografia de 'Zona de Perigo' e é uma honra ver todo mundo reproduzindo algo que a gente se dedica tanto pra fazer e ver que todo mundo abraça muito bem", disse ela.
Sobre o sucesso da canção e dos passos criados por ela, a dançarina destacou: “Eu não esperava esse boom mundial que foi, eu nunca pensei que eu ia ver o mundo dançando minha coreografia, então, é um divisor de águas na minha vida. Eu acho que também é muito colher tudo que eu venho plantando há muito tempo.”
Edilene Alves ainda aproveitou a oportunidade para aconselhar jovens que anseiam em um dia integrarem o universo da dança e também o ballet de alguma estrela importante da música baiana e nacional.“Desistir não faz parte da minha vida e claro que tem horas que a gente repensa a trajetória, mas por ser uma mulher preta fazendo arte tudo se torna difícil três vezes mais tanto que eu também tenho uma formação, fiz faculdade de administração muito porque eu gosto, mas também para ter uma segurança pois a qualquer momento se a arte não funcionasse para mim eu estava segura de uma outra profissão. Mas não foi isso que a dança fez, a dança realmente me abraçou, me agarrou e não só na trajetória, mas todos os dias”
“Pessoas da dança, música, canto, a gente sabe a dificuldade que é fazer arte nesse país o Brasil ele é múltiplo, a gente tem tantos artistas que às vezes não conseguem dar certo naquela área e buscam outra coisa fora da arte. O que eu aconselho é dedicação e persistência, a gente precisa se dedicar, evoluir, amadurecer, trocar conhecimento a cada dia e persistir”, completou.