O nome da banda já entrega o que Richard Lima de 21 anos veio fazer, cantar o PAGODÃO.
Vocalista do grupo, um dos expoentes da música baiana na atualidade, o artista foi o convidado do programa Atitude, da Bahia FM, neste domingo (13), e relembrou sua trajetória na música antes de embarcar em um dos gêneros mais característicos do estado.
Leia também:
Apesar da pouca idade, Richard, nascido e criado em Águas Claras, tem entre suas referências algumas das primeiras bandas de pagode da Bahia, o É O Tchan. O motivo? Seu pai, que já faleceu, era músico do grupo de Cumpadre Washington e Beto Jamaica.
"Eu sempre gostei de música. Eu entrei nela por meu pai, que foi músico. Ele tocou no É O Tchan, tocou com Edson Gomes. Depois que eu perdi meu pai, eu fiquei um pouco com o futebol na cabeça e conheci um amigo lá que dava aula de violão e me chamou para participar. Foi dessa forma que eu voltei, comecei a me interessar mais pela área".
Mas antes do pagode ser protagonista na carreira musical, o gênero que saía da boca de Richard era outro bem distante, o sertanejo. "Eu estudava no colégio da Polícia Militar e me chamaram para fazer parte de um projeto chamado 'Primeiro Som'. Comecei tocando sertanejo, e na época fiz várias apresentações com a banda, fiz show na Assembleia Legislativa", relembra.
Mudança para o pagode
Foi com esse primeiro projeto que ele teve o contato com o pagode, através de um amigo conhecido do público, Jefferson Leite, O Maestro. "A gente se juntou e eu já gostava da música que ele fazia, logo depois eu comecei a fazer backing vocal para a banda dele. Passe um ano e pouquinho lá, até receber o convite para participar da banda Pagodão".
Mudar do sertanejo para o pagode não foi uma tarefa difícil para o jovem, que acredita que o gênero baiano é especialista em unir ritmos. "Eu gosto de cantar um pouco de sertanejo, eu gosto de cantar samba, axé. Acho que a gente não pode se prender apenas a um gênero, dá para trazer tudo para o nosso ritmo".
Há quase dois anos na banda, Richard se prepara para viver um momento especial em 2023, seu primeiro Carnaval como cantor. Ao iBahia, o artista relembrou a folia de 2020 e seu primeiro pensamento ao chegar na avenida.
"Lembro que no último Carnaval que eu fui eu olhei assim e falei 'Em nome de Jesus, próximo Carnaval vai ser eu em cima do trio' e agora a festa tá batendo na porta. Não teve Carnaval por dois anos, estamos voltando em 2023 e eu vou ter oportunidade participar dessa festa. Vai ser um momento muito importante para mim".
Pai do pequeno Lucca, Richard, que atualmente vive da música fala sobre seu maior sonho na profissão: "Busco o reconhecimento através do meu trabalho. Das pessoas olharem para mim e saber quem eu sou e o que eu faço. Não só na Bahia, mas ter o reconhecimento no Brasil".
Leia mais sobre Atitude no iBahia.com e siga o portal no Google Notícias.
Veja também: