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Sobe para 769 o número de mortos da tragédia em Meca

As autoridades sauditas ainda não divulgaram uma lista com os nomes das vítimas por nacionalidade

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27/09/2015 às 0:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 4:17 - há XX semanas
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As autoridades da Arábia Saudita enviaram neste sábado (26) policiais das forças especiais para Meca, no dia em que os peregrinos celebram os rituais finais do hajj (peregrinação anual), marcado pela trágica morte de centenas de peregrinos durante um tumulto na quinta-feira (24) em Mina, perto de Meca. O número de mortes, de acordo com o ministro da Saúde, Khaled al Falihas, passou de 717 para 769.

(Foto: AFP)

O incidente já é considerado o pior do gênero em 25 anos, ocorrido durante a peregrinação de fiéis muçulmanos à Arábia Saudita. As autoridades do país receberam duras críticas por erros na segurança. A peregrinação aos locais sagrados é um dos cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos a fazem pelo menos uma vez na vida.
Dezenas de forças de emergência especiais foram vistas hoje no nível 1 da Jamarat Bridge, uma estrutura de cinco andares em Mina, onde os peregrinos, em ritual, lançam a pedra ao diabo, e para onde muitas pessoas foram quando o tumulto ocorreu nas proximidades. O Ministério do Interior da Arábia Saudita informou ter enviado 100 mil policiais para fazer a segurança no hajj e para controlar a multidão.
Várias criticas à segurança no local da peregrinação surgiram de vários países, em especial do vizinho Irã, cujo número de peregrinos mortos chegou 136. “Não é só incompetência, mas um crime”, disse o procurador-geral iraniano Ebrahim Raeisi, ressaltando que os responsáveis podem ser levados a tribunal.
O hajj foi particularmente mortífero este ano. Pelo menos 109 pessoas morreram e cerca de 400 ficaram feridas, no dia 11 de setembro, quando uma grua caiu sobre a Grande Mesquita de Meca.
As autoridades sauditas ainda não divulgaram uma lista com os nomes das vítimas por nacionalidade enquanto muitos peregrinos tentam encontrar os seus parentes, vivos ou mortos. “Não dormimos, nem comemos depois da tragédia. Andamos de hospital em hospital. Demos o seu nome e a sua fotografia em todos os hospitais”, disse uma das peregrinas que não tem notícias do seu irmão há dois dias.

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