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Simpatizantes de Lugo fazem protesto contra impeachment

"Estamos aqui em defesa da democracia. É uma reação pacífica a toda essa situação absurda", diz Ceulie Vukty, líder de um dos movimentos juvenis

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25/06/2012 às 0:08 • Atualizada em 06/09/2022 às 12:03 - há XX semanas
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Simpatizantes de Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai, promoveram hoje (24) mais um dia de protestos contra seu impeachment. Reunidos em frente à sede da TV Pública, no centro de Assunção, capital paraguaia, eles cantaram o Hino Nacional, estenderam faixas em apoio a Lugo e com críticas ao novo governo e prometeram manter as manifestações pacíficas. A bandeira do Paraguai foi colocada em lugar de destaque durante o protesto. “Estamos aqui em defesa da democracia. É uma reação pacífica a toda essa situação (política) absurda. Estamos aqui exercendo a nossa cidadania”, disse Ceulie Vukty, líder de um dos movimentos juvenis no prostesto, enquanto coordenava os discursos com os momentos de apresentações teatrais e de música. Os simpatizantes de Lugo condenam a forma como foi conduzido o processo de impeachment do ex-presidente. Em menos de 24 horas, a Câmara e o Senado do Paraguai aprovaram o chamado “juízo político”, alegando “mau desempenho das funções”, e o ex-presidente foi condenado a deixar o poder. A situação política de Lugo se agravou devido a um confronto entre agentes policiais e agricultores, no Nordeste do país, no último dia 15. O confronto provocou 16 mortes. Para os políticos de oposição, Lugo não administrou o confronto de forma correta, permitiu a violência e, consequentemente, as mortes. Uma barraca de camping foi montada no centro do protesto e nela foi colocada a placa Embaixada do Brasil. De acordo com os organizadores do evento, a ideia é mostrar que o Brasil condena a destituição de Lugo porque apoia a democracia e suas instituições. No entanto, nas ruas de Assunção e nos arredores da capital as opiniões sobre a destituição de Lugo e a posse do novo presidente, Federico Franco, se dividem. Para os aliados de Franco, a ordem será reestabelecida no país. Os simpatizantes de Lugo dizem que a democracia foi desrespeitada, pois um presidente eleito de forma direta foi retirado do poder. A Constituição do Paraguai permite o impeachment e não impõe prazos para o processo transcorrer. “O que estamos vivendo hoje no Paraguai é uma situação muito delicada e complicada. Estamos nos mobilizando porque não podemos aceitar o que ocorreu com o (ex-) presidente Lugo, da forma como foi”, disse o auxiliar contábil Cristian Ríos, que aproveitou a folga no trabalho para participar do protesto.

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