Os roteiristas de cinema e televisão de Hollywood anunciaram uma greve, a partir desta terça-feira (2). A medida foi tomada após as negociações com estúdios e plataformas de streaming por salários e condições melhores não obter resultado satisfatório para a categoria.
Com a greve, programas noturnos de entrevistas podem ser paralisados, além de séries e filmes programados para estrear este sofrer atrasos no lançamento.
Leia também:
Ente as exigências do grupo, estão salários mais altos e participação maior nos lucros dos streamings, isto é, na distribuição de conteúdo por demanda feito via internet.
Segundo os roteiristas, os salários da categoria estão defasados e em queda, devido à inflação. O grupo também afirma que os empregadores, por outros lado, obtêm lucros altos e aumentam os salários dos executivos.
De acordo com o Writers Guild of America (WGA), nunca tanto profissionais da área realizaram o trabalho por salário mínimo fixado pelos sindicatos. Emissoras de televisão estariam contratando menos pessoas para escrever sérias cada vez mais curta.
O anúncio foi feito pelo sindicato, que representa 11.500 roteiristas norte-americanos. No Twitter, o sindicato afirmou que a decisão pela greve foi unanimidade entre os membros do conselho.
Esta é a primeira greve do setor em 15 anos. A última durou 100 dias, e resultou em um prejuízo de US$ 2,1 bilhões à economia da Califórnia, além de produção de filmes e séries de TV.
Os piquetes começarão a ser colocados na tarde desta terça-feira (2).
Negociações
As negociações entre os roteiristas e as gigantes do entretenimento duraram cerca de seis semanas. Estiveram envolvidas plataformas como Netflix, Amazon, Apple, Disney, NBC Universal, Paramount, Sony e Warner Bros.
O Comitê de Negociações do WGA informou que iniciou o processo com a intenção de chegar a um resultado justo, no entanto, as respostas dos estúdios foram "totalmente insuficientes".
A Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), que representa os estúdios, streamers e produtoras de Hollywood, afirmou que a prioridade é "a saúde a estabilidade a longo prazo da indústria" e deseja um "acordo justo e razoável".
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!