Uma professora de 25 anos foi condenada a dois anos de prisão, nesta sexta-feira, num tribunal em Liverpool, na Inglaterra, por ter forjado um câncer e conseguido arrecadar quase R$ 100 mil, entre março e setembro deste anos, numa vaquinha virtual. Keera Brayford criou uma página falsa onde pedia doações para tratamentos alternativos.
Além de alunos, parentes e amigos, até mesmo os pais dela caíram no golpe aplicado pela professora, que usava o dinheiro para pagar contas de cartão de crédito e comprar roupas pela internet. As informações são do "The Sun".
No texto em que pedia as doações, a professora afirmou ter três tipos diferentes de tumores, todos inoperáveis. Para tornar a mentira ainda mais real, ela apresentava anotações falsas de médicos. Ao falar de sua doença inexistente, usava um tom de emoção que acabou por enganar centenas de pessoas.
De acordo com o relato de Keera na página, o dinheiro angariado seria gasto em terapias alternativas que lhe dariam uma maior chance de sobreviência, uma vez que a quimeoterapia a deixava ainda mais doente. Comovidos, amigos da professora chegaram a organizar um salto de paraquedas patrocinado, arrecadando com o evento quase R$ 10 mil.
O golpe de Keera acabou sendo descoberto por pessoas que trabalhavam com ela na escola The Sutton, no distrito de St. Helens, Condado de Merseyside, na Inglaterra. Funcionários do local desconfiaram que a professora estava usando computadores do trabalho para falsificar as anotações médicas.
No tribunal, Keera insistiu na mentira sobre a doença. Mas, ao ver o laudo do Serviço Nacional de Saúde (National Health Service, NHS, em inglês), ela acabou admitindo a fraude, que o juiz classificou como "sofisticada".
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Redação iBahia
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