Pela primeira vez em mais de três décadas, os eleitores do Egito assistiram nesta quinta-feira (10) à noite a um debate eleitoral entre os dois principais candidatos à Presidência da República – o ex-secretário-geral da Liga Árabe e ex-ministro das Relações Exteriores Amr Moussa, de 75 anos, e o muçulmano moderado, que se desligou da Irmandade Muçulmana, Abdel Moneim Abul Futuh, de 60 anos. Em discussão, temas constantes nos debates políticos, como educação, saúde e emprego. O debate durou cerca de quatro horas e foi transmitido por duas emissoras privadas de televisão. As discussões poderão ser acompanhadas por vários países vizinhos ao Egito. Nas ruas, os eleitores assistiam atentos os argumentos apresentados pelos candidatos. “É uma experiência totalmente nova para nós. Ver duas personalidades tentando nos convencer a votar nelas. Ninguém poderia imaginar isso há apenas dois anos”, disse Saber Mohammed, que assistiu ao debate na televisão de um café no bairro de Dokki, no Cairo. Os dois candidatos disseram concordar sobre a necessidade de rever o tratado de paz com Israel, datado de 1979, embora Abul Futuh tenha classificado o Estado de Israel como inimigo, enquanto Moussa apontou os desentendimentos com o país vizinho quanto à situação dos palestinos. Mais um debate deve ocorrer até o dia 20. As eleições no Egito ocorrem em duas etapas, caso nenhum dos candidatos consiga obter mais de 40% dos votos. O primeiro turno será de 23 a 24 de maio. O segundo turno de 16 a 17 de junho. A previsão é que 11 candidatos disputem as vagas. *Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
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