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Parentes de brasileiro condenado à morte chegam à Indonésia

Prazo de 72h dado pela justiça indonésia para execução de nove presos terminou

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28/04/2015 às 11:33 • Atualizada em 01/09/2022 às 21:57 - há XX semanas
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O brasileiro Rodrigo Gularte, que está na lista de condenados por tráfico de drogas na Indonésia, pode ser executado a qualquer momento. Em entrevista ao jornal "Hora 1", sua prima Angelita Muxfeldt disse que o prisioneiro não sabe da execução. Os parentes dos oito prisioneiros condenados à morte, inclusive do brasileiro, estão no presídio Nusakambangan onde ocorrerão as execuções. O prazo de 72h dado pela justiça indonésia para execução de nove presos terminou. O governo do país asiático não confirmou data e horário do fuzilamento.

Tony Spontana, porta-voz da promotoria, afirmou que 100% dos preparativos para a execução estão completos e que o pelotão de fuzilamento já está a postos no complexo penitenciário desde sábado. Conselheiros religiosos e médicos já foram alertados para iniciar os preparativos finais para a execução e ambulâncias, algumas com caixões cobertos de cetim branco, chegaram ao local.
O jornal Folha de S. Paulo destaca que Rodrigo deve ser fuzilado no início da quarta-feira (29), na Indonésia - tarde de terça-feira (28) no Brasil. Angelita visitou Gularte na prisão nesta terça (28) e tentou sensibilizar o governo a rever a pena do seu primo. Na cadeia, ela alegou que Rodrigo Gularte tem delírios e acredita que será solto. Segundo familiares, Gularte passa os dias olhando as paredes e conversando sozinho.
Ano passado o brasileiro foi diagnosticado, por dois relatórios, que estava com esquizofrenia. Em março, a Procuradoria Geral da Indonésia enviou uma equipe médica para reavaliar o estado de saúde do prisioneiro, mas o laudo não foi divulgado.
O brasileiro foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005 e está há 11 anos em prisões indonésias. Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.
Os prisioneiros poderão ficar de pé, ajoelhar-se ou sentar-se diante do pelotão de fuzilamento. Suas mãos e pés serão amarrados. Doze atiradores vão mirar no coração de cada prisioneiro, mas apenas três armas terão munição capaz de matar. As autoridades admitem que a técnica é para que o carrasco não seja identificado.
Correio24horas

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