O papa lamentou, durante a oração do Angelus, em Roma, o drama dos migrantes e dos refugiados, forçados ao exílio como a Sagrada Família em fuga para o Egito, que os católicos celebram neste domingo (29).
Citando o Evangelho, Francisco lembrou à multidão, na Praça de São Pedro, que "José, Maria e Jesus experimentaram a situação dramática dos refugiados, uma impressão de medo, de incerteza e de privações".
"Infelizmente, hoje, milhões de famílias podem rever-se nesta triste realidade", disse o papa, lamentando que esses refugiados não tenham "sempre direito a uma casa, respeito e reconhecimento dos seus valores".
Antes de propor à multidão que ouvisse a oração dedicada à Sagrada Família, celebrada tradicionalmente no último domingo de dezembro - o primeiro depois do Natal -, o papa encorajou "as famílias a perceberem a sua importância na Igreja e na sociedade".
No texto, escrito por ele, Francisco desejou que o próximo Sínodo dos Bispos, que se realizará em outubro de 2014, "possa despertar em todos a consciência do caráter sagrado e inviolável da família".
No início de novembro, a Igreja Católica lançou uma consulta sem precedentes sobre as alterações conhecidas pelas famílias, como a união de fato, o casamento gay, a monoparentalidade e a poligamia, por exemplo.
Em documento preparatório, a Igreja recordou a doutrina católica sobre o casamento, a união indissolúvel de um homem e de uma mulher tendo como projeto a procriação. "Muitas vezes eu acho que para saber como está uma família, é suficiente ver como trata as crianças e os idosos", acrescentou Francisco.
O Angelus foi transmitido ao vivo para missas celebradas em várias cidades do mundo, como Nazaré, Madri, Barcelona e Loreto.
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