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Papa cita "não matarás" para defender o fim da pena de morte

Segundo ele, “as sociedades modernas têm a possibilidade de castigar eficazmente o criminoso sem o privar da oportunidade de redimir-se”

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21/02/2016 às 17:13 • Atualizada em 30/08/2022 às 3:12 - há XX semanas
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O papa Francisco pediu neste domingo (21) que não seja executada nenhuma pena de morte durante a celebração do Jubileu Extraordinário, que ocorre até 20 de novembro, e pediu à comunidade internacional o fim definitivo dessa prática.“Faço um apelo à consciência dos governantes para que consigam um acordo internacional para abolir a pena de morte. E proponho aos católicos que cumpram um gesto de valentia: que nenhum condenado seja executado durante o Ano Santo da Misericórdia”, disse. Ele citou mandamento "não matarás", e lembrou que ele é válido tanto para os culpados quanto para os inocentes.Diante milhares de fiéis que se juntaram na Praça de São Pedro para a habitual oração dominical do Angelus, Francisco disse que “também os criminosos gozam do direito inviolável à vida”. Ao falar da janela do Palácio Apostólico do Vaticano, o papa lembrou que “o Jubileu Extraordinário da Misericórdia é uma ocasião propícia para promover no mundo formas mais maduras de respeito pela vida e pela dignidade das pessoas”.Para Francisco, cresce no mundo contemporâneo um sentimento “contra a pena de morte, inclusivamente como instrumento de legítima defesa social”. Segundo ele, “as sociedades modernas têm a possibilidade de castigar eficazmente o criminoso sem o privar da oportunidade de redimir-se”.“O problema deve abordar-se pela lógica de uma justiça penal que está cada vez mais em linha com a dignidade do homem. O mandamento ‘não matarás’ tem um valor absoluto e diz respeito tanto aos inocentes como aos culpados”, disse.O papa Francisco concluiu o seu discurso com uma mensagem dirigida a “todo os cristãos e a todos os homens de boa vontade”, a quem pediu que trabalhem “não só pela abolição da pena de morte, mas também para melhorar as condições das prisões, em respeito pela dignidade das pessoas privadas de liberdade”.

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