No terceiro e último dia de visita a Cuba, o papa Bento XVI se reúne hoje (28) com o ex-presidente cubano Fidel Castro. Fidel confirmou a conversa em artigo publicado no site estatal Cubadebate. No texto, ele disse que se reunirá com Bento XVI, como fez com João Paulo II. “Decidi solicitar uns minutos do seu tempo [do papa], sempre muito ocupado, quando soube pelo nosso cardeal Bruno Rodríguez que lhe [ao papa Bento XVI] agradaria um modesto e simples encontro comigo”, acrescentou Fidel, no artigo. Ontem (27), Bento XVI esteve com o presidente de Cuba, Raúl Castro, irmão de Fidel. Na conversa, o papa analisou a situação do povo cubano e da Igreja Católica na ilha, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. A conversa durou cerca de 40 minutos, no Palácio da Revolução, sede do governo cubano. O porta-voz disse ainda que o papa acompanha os apelos dos dissidentes cubanos sobre as questões políticas no país. "Ele [Bento XVI] está bem informado”, disse Lombardi. Segundo o porta-voz, não há previsão de reuniões do papa com representantes dos dissidentes nem com religiosos que fazem a intermediação de contatos entre os críticos do governo e as autoridades cubanas. O arcebispo de Miami, Thomas Wenski, disse ontem que o papa e a Igreja Católica de Cuba desejam uma “transição política digna” para os cubanos. Em uma missa por ocasião da visita do papa Bento XVI a Cuba, o arcebispo Wenski fez sermão em espanhol. A maioria dos presentes à missa, em Miami, era formada de cubanos exilados nos Estados Unidos. “O papa e a Igreja cubana querem uma transição que seja digna para o ser humano, que seja digna para os cubanos. A Igreja quer uma transição suave e um futuro de esperança”, disse o cardeal.
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