A organização não governamental (ONG) responsável pelo Centro Simon Wiesenthal, cuja sede fica em Los Angeles, nos Estados Unidos, lançou hoje (15), na Alemanha, uma campanha internacional para capturar os últimos responsáveis pelo Holocausto [que ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial, de 1939 a 1945, quando judeus, ciganos e homossexuais foram as principais vítimas]. A estimativa é que existam pelo menos 40 pessoas que podem ser capturadas e estão entre os suspeitos de participação nas ações nazistas. O centro ofereceu 25 mil euros de recompensa por qualquer informação que ajude a capturar essas pessoas - implicadas nos crimes cometidos durante a guerra. “A marcha do tempo não diminui em nada a culpa dos assassinos”, disse o diretor regional do centro, Efraim Zuroff. “A idade não deve servir de proteção para os massacres. Cada uma das vítimas merece o esforço para que sejam encontrados seus carrascos”, acrescentou ele, lembrando que os sobreviventes estão com idade avançada, mas não devem ser poupados da Justiça. De acordo com Zuroff, a condenação em maio do ex-guarda nazista John Demjanjuk, de 91 anos, representa um precedente judicial que poderá levar a novos processos criminais. Nascido na Ucrânia, Demjanjuk foi condenado a cinco anos de prisão por um tribunal alemão por ter participado no massacre de cerca de 30 mil judeus, no período em que foi guarda do campo de concentração de Sobibor, na Polônia. O tribunal de Munique, na Alemanha, considerou que o fato de Demjanjuk ser funcionário do campo durante a guerra bastava para o implicar nos crimes cometidos. O ex-guarda negou as acusações e ficou em liberdade enquanto esperava a decisão sobre um recurso interposto em um tribunal federal.
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