O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a pedir neste sábado (16) um compromisso para a solução da crise da dívida federal e disse que será necessário uma "abordagem equilibrada" e um "sacrifício compartilhado" para que democratas e republicanos cheguem a um acordo. "Em poucas palavras, será necessário um enfoque equilibrado, um sacrifício compartilhado e a vontade de tomar decisões impopulares por parte de todos", disse Obama em seu discurso semanal no rádio. "Isto significa gastar menos nos programas nacionais, nos programas de defesa (...) e significa analisar o código tributário e cortar algumas reduções de impostos para os norte-americanos mais ricos", afirmou. Estabelecido pelo Congresso em US$ 14,294 trilhões, o teto da dívida federal foi alcançado em meados de maio. O Tesouro recorre desde então a diferentes recursos para manter o estado em funcionamento, mas advertiu que estes se esgotarão em 2 de agosto, com efeitos desastrosos para o sistema financeiro mundial.
Ultimato - Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15), Obama reiterou seu ultimato ao Congresso para que apresente um plano 'sério' entre as próximas '24 e 36 horas', e considerou que os negociadores não deveriam 'estar tão perto da data limite' do dia 2 de agosto, quando o país entrará em descumprimento de suas obrigações fiscais. No entanto, os republicanos do Congresso se negaram a aumentar o limite da dívida pública a menos que este aumento seja acompanhado de profundas reduções de gastos. Suas conversas com os democratas obtiveram pequenos progressos visíveis. A Casa Branca quer aumentar os impostos para os mais ricos e os republicados discordam. Em seu discurso deste sábado, Obama insistiu que o problema do déficit não se pode resolver sem pedir aos norte-americanos mais ricos que paguem sua parte. "É muito simples. Não concordo que as companhias petrolíferas devem continuar se beneficiando das deduções fiscais sendo que ganham dezenas de bilhões. Não concordo que aqueles que administram fundos devam pagar impostos menores que seus funcionários", defendeu Obama. Mas o senador pelo estado de Utah, Orrin Hatch, que proferiu o discurso semanal do Partido Republicano, discordou do presidente. "A solução para a crise dos gastos não é aumentar os impostos", afirmou. "A única solução a longo prazo é uma emenda constitucional para que se tenha um orçamento equilibrado", opinou. As informações são do G1.