Poucas horas depois do anúncio da morte de Alfonso Cano, líder número 1 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o fato se transformou no principal destaque da imprensa colombiana. Jornais, agências de notícia e emissoras de televisão exibem fotografias e imagens do corpo do guerrilheiro morto e especulam sobre o impacto da morte dele para o grupo armado e sobre possíveis nomes para assumir o lugar deixado por Cano. Analistas ouvidos pela BBC Brasil avaliam que a postura de triunfo, tanto na cobertura da imprensa como nas manifestações da opinião pública, reflete os conceitos que foram construídos pela política de segurança no governo anterior, de Alvaro Uribe, e mantida por Juan Manuel Santos. "Desse ponto de vista cimentado por Uribe, de que as Farc são um grupo terrorista que precisa ser eliminado, a morte de Alfonso Cano é muito significativa. Representa o triunfo da política de segurança e da força militar do governo", disse o escritor e especialista em conflitos, Victor de Currea Lugo. Segundo ele, outro fator que contribui para que a opinião pública comemore a queda de Cano é o fato de a guerrilha ter se afastado de seus ideais políticos e se envolvido com o narcotráfico e com ações terroristas.
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